(do livro Mente Aberta)
“- Você está disponível?
Fazer essa pergunta assim, do nada, pode deixar margem a interpretações equivocadas sobre as minhas reais intenções… Aliás, interpretar equivocadamente é aquilo que mais sabemos fazer, na vida ou fora dela.
Sabe por que? Por um motivo muito lógico: nós só ouvimos ou entendemos aquilo que queremos. E como não ficamos muito bem situados quanto as nossas “querenças”, acabamos por tomar isso por aquilo, e aquilo por outro…
Precisamos fazer um exercício difícil, mas extremamente necessário: o exercício do desprendimento de nossas expectativas.
Isso de esperar que venha de lá aquilo que achamos que deva ou que queremos que venha, nos impede de abrir os braços para o que a vida tem para nos dar ou para o que devemos receber. E olhe: por vezes, o que nos oferecem é sempre mais do que merecemos…
Por isso, volto à pergunta: você está disponível? Disponível para dar e receber sem esperar demais? Para aceitar a vida e suas surpresas, embora não seja exatamente aquilo que você queria?
Você está disponível, enfim, para deixar de lado tantas “querenças” e aceitar as ofertas que lhe fazem?
Veja que apesar de tudo, você ainda vai me interpretar mal, e muito mal. Sua cabeça só funciona quando guiada pelo que veem seus olhos.
Entretanto, uma coisa eu asseguro: às vezes, só conseguimos enxergar bem, de verdade, com os olhos fechados…”
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