Há uma grande diferença entre a educação formal que é transmitida nas escolas e a espiritual, que caberia à família. Nada a ver com educação religiosa, que só vai criar embaraços psicológicos e restrições mentais. Mas sim, aquela educação, como disse Kardec, na qual a criatura se entende e se reconhece como um Espírito ou alma fazendo um período de experiências num mundo de matéria densa; tendo que cuidar de um corpo de carne e suas necessidades. Além disso, tendo que estar em contínuo convívio e enfrentamento com as vicissitudes originadas de sua condição de Espírito em evolução, ainda pertencente a terceira ordem da escala espírita.
Sem entrar no evidente mérito de as famílias precisarem estar equipadas de conhecimentos e experiências para isso, ou contarem com instrutores aptos e promotores do auto conhecimento e da liberdade individual, sem nenhuma descaracterização de cada indivíduo, essa educação espiritual poderia ser espírita.
O resultado, independente da formação de adeptos, porque esse não é o objetivo, seria uma sociedade composta de muitas criaturas suficientemente conscientes de suas condições, aptidões e possibilidades de contribuir com o coletivo. Bem como, de indivíduos com espírito de aprendiz, com gosto pela ampliação de seu entendimento sobre as leis da Vida e sobre os conceitos fortalecedores dos valores fraternais.