Perfeição espiritual e perfeição comportamental

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Texto revisto e ampliado, originalmente editado no Jornal do CEM de agosto de 2004 – CHS

Dois conceitos costumam ser misturados e por isso geram grandes dificuldades de entendimento: a perfeição espiritual que todos possuem e a perfeição comportamental que teremos um dia.

Individualizados do Elemento Espiritual, somos Espíritos constitucionalmente perfeitos, íntegros em nós mesmos, ou seja, sem imperfeições, defeitos, falhas ou deformações.

A partir dessa origem, igual para todos, iniciamos nosso processo evolucional, quer dizer, de desenvolvimento gradativo das potencialidades que nos compõe.

Desse ponto em diante, começamos a nos diferenciar pelas experiências e momentos vividos, o que vai nos caracterizando como individualidades únicas, embora semelhante aos demais.

Pela observação e confronto com nossos semelhantes, podemos reconhecer pontos a serem desenvolvidos ou ajustados, em nosso comportamento. O que se constitui em necessários exemplos, e em metas de crescimento.

No entanto, em cada fase evolutiva somos perfeitos relativamente, ou seja, dentro dos limites da fase, independentemente de equívocos, erro de perspectiva, falhas de discernimento ou maldades, os quais caracterizam a mesma. Vencida essa etapa, na seguinte também somos perfeitos relativamente a ela, e assim por diante.

Apesar da existência dessa perfeição relativa, podemos dizer que ainda não temos uma verdadeira perfeição comportamental, já que estamos evoluindo, aprendendo a entender e a usar melhor nossos próprios recursos e potenciais.

Mas isso não quer dizer que seja correto ver-nos como seres defeituosos, falhos, errados e imperfeitos. No máximo podemos nos dizer ainda incapazes de realizar o que já percebemos ser de melhor qualidade funcional.

Há uma distorção educacional, familiar e social, baseada em idéias do “ano mil” que nos quer igual aos outros e diz que deveríamos ser “assim e assado”. Obviamente essa forma de pensar desconhece a imortalidade dos Espíritos, a reencarnação, a evolução, o livre arbítrio, etc.

Cada um de nós, em cada momento, é e faz o melhor que pode.

Saber, vislumbrar, entender que agir de tal maneira nos trará melhores resultados, não significa que já possamos concretizá-la, pois para tudo há o momento oportuno de maturação e realização.

Enfim, em nós, Espírito, somos perfeitos sempre. No comportamento estamos em constante evolução e aprimoramento, desfrutando apenas de perfeições relativas, que futuramente serão muito amplas. Quase perfeitas…

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