Já sei ou é melhor examinar?

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Com 155 anos, o Espiritismo ainda permanece a ser mais estudado e até mesmo desvendado, se bem que não contenha nada oculto. Nossa compreensão é que não está apta a detalhes que vem sendo vistos, conforme ela se desenvolve. É interessante destacar, só para despertar a curiosidade de um exame mais acurado, que os Espíritos que promoveram o processo da codificação do Espiritismo, falaram em muitas nebulosas, num tempo que mal se conhecia a Via Láctea e também em campos de energia, quando a noção de campo,tão significativa para a Ciência de hoje, não existia. Por isso fala-se em cientistas da espiritualidade, trazendo ciência filosófica, através de médiuns, na medida em que, morto o corpo, o Espírito continua sendo exatamente quem era e, logicamente, buscando as mesmas atividades a que já estava afeito. Não vamos ficar tocando harpinha, nas nuvens… Aliás, ou são Pedro tem uma escola de música, ou como é que todos aprendem a tocar harpa e cantar em coro? Será por isso que morrem muitos artistas da área musical?

O modismo atual, benéfico para sociedade humana, de filmes, novelas, teatro, livros, desenhos animados, envolverem  fatos mediúnicos e reencarnação, não deveria se constituir num apelo à postura do “eu já sei, eu já conheço”, limitante ao necessário estudo do trabalho de Kardec, para aqueles que querem entender o Espiritismo e não apenas o movimento espírita.

Muita gente, mas muita gente, confunde uma coisa com a outra e ganha em decepção, por imaginar que ser espírita, como lhe dizem, é esquecer-se e viver para os outros, é achar que as dificuldades da vida são pagamento pelas coisas erradas que cometeu nas vidas passadas, que sem ir ao Centro espírita não pode viver bem, que ser médium é sofrer muito e ser obrigado a participar de reuniões mediúnicas, porque isso é caridade, sem o que adquire-se todo tipo de perturbação e obsessões, que Deus cobra os erros e nos pune por eles, etc, etc, etc.  Caso o Espiritismo ensinasse essas coisas ilógicas, antigas e provocadoras de medos e hipocrisias, de nada serviria, porque antes dele já havia esse tipo de “castração psicológica” religiosa.

Por mais que seja difícil enxergar e desfazer-se dos modos equivocados de pensar, aprendidos nas religiões, famílias e livros, para trocá-los pelos verdadeiramente espíritas, aprendidos pelo estudo pessoal das obras de Kardec, pode-se ao menos perceber que certos pensamentos estão nos impedindo o bem estar íntimo. Isso porque obrigam-nos a sermos inseguros e dependentes do socorro que vivemos pedimos a Deus e à espiritualidade, cobram-nos posturas diferentes do que a nossa naturalidade pede e nos fazem pessoas amargas, doentes e ranzinzas. E por que ficar com eles? Por que viver assim? Mesmo que a pessoa pense que isso é o Espiritismo, porque aceita? Por que se submete?

Ouviu que tal coisa é espírita, examine, observe, use seu bom senso, compare com os ensinos dos livros de Kardec. Eles estão aí, ao acesso de quem os queira ler.

Saia da dependência, porque ela não faz bem a ninguém. Aplique sua inteligência a seu favor, e verá o quanto pode fazer por si e por quem está ao seu redor. O Espiritismo “agradece”!

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