Noções de defesa espiritual

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Constância

… Ora, não creiais baste pronuncieis algumas palavras, para que os maus Espíritos se afastem…   LM – cap. XXI – dissertação XVI

Para quem desconhece ou não admite a influência dos Espíritos em nossa vida, essa ação passa despercebida, tenha as consequências que tiver. Tudo a pessoa reporta como sendo seu e o assunto se encerra por aí.

Para quem sabe que essas influências fazem parte da vida, tudo muda de figura e abre-se a necessidade de selecionar o que nos serve e de rejeitar o que não nos convêm.

À semelhança de Paulo que reconhecia fazer o que não queria e não apenas o que desejava, nós também nos vemos nessa situação e muitas vezes a revolta e a irritação ocupam o espaço da clareza mental e das posturas eficientes. Nada de nos culpar por isso, na medida em que a vida é um eterno aprender e desenvolver de capacitações, o que nem sempre se conquista com a rapidez desejada.

Brigar, xingar, orar e ficar na dependência de que outros nos livrem das influências ruins e perturbadoras, pode aliviar a situação momentaneamente, mas não a soluciona. E já sabemos que essa solução precisa vir de mudanças internas, advindas de posturas melhores que nos afastem do que não queremos.

Por sermos todos Espíritos, estejamos encarnados ou  desencarnados, pequenos pontos de semelhança, coisa difícil de não se ter com alguém, são suficientes para que haja algum nível de contato mental e já vamos recebendo os pensamentos, uns dos outros.  Sem compreender isso, acabamos nos judiando, por querermos ser menos acessíveis e nos distanciarmos dos mal intencionados e oportunistas.

O que realmente ajuda, afora esse empenho na auto-observação e na melhoria pessoal legítima, é saber que podemos nos utilizar até do que é ruim, para aprendermos e ganharmos maturidade emocional, o que vai colaborar no desenvolvimento da confiança e da segurança pessoais. Essa é a chave!

Quando existe a confiança de que temos amigos espirituais que nos inspiram e ajudam, criamos sintonia com eles, o que é diferente de só pedirmos socorro. Mas, em nosso estagio evolutivo, já podemos também confiar nos próprios  recursos de defesa espiritual. Porque muito já aprendemos e um tanto já discernimos, para desenvolver o hábito de nos mantermos centrados, examinando sempre o que entra em nossa cabeça e rejeitarmos, pela vontade firme, o que não queremos.

Mesmo que durante um tempo essa auto-confiança oscile, bem como a eficiência dela para impedir que más influencias se associem conosco, a persistência é necessária.

Claro que o pensamento é o nosso guia nessa trajetória, porque é com ele que nos sintonizamos ou dessintonizamos, seja com quem nos ampara ou com os que nos prejudicam. Mas não somos vítimas e sim aprendizes. Os que já querem uma autonomia no Bem, os indiferentes e os que aproveitam das fraquezas e ignorâncias alheias, todos somos, sim, aprendizes da Vida.

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