Eles são os Homens de amanhã!

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“Animais são Espíritos em evolução, sencientes e inteligentes, em sua medida evolutiva” C.S.

Estudando o Espiritismo aprendemos que somos Espíritos fazendo uma experiência num mundo de matéria densa e nós, os humanos, ocupamos, aqui na Terra, o patamar mais alto da capacitação evolutiva, na medida em que todos os Espíritos estão inseridos na Lei de Evolução ou Progressão Espiritual.

Essa lei se efetiva através das múltiplas etapas como desencarnados e encarnados, desde que os Espíritos se individualizam do Elemento Espiritual Primitivo, criado por Deus. A partir daí, individualizados, todos contatam com a matéria, também criada por Deus como Elemento primordial, mas transformada constantemente pelos próprios Espíritos, pois é apenas instrumento para que evoluamos.

Assim, todos vão, gradativamente, se desenvolvendo, e para isso passam pelos reinos mineral, vegetal, animal e hominal. Ou seja, conforme o grau evolutivo terão corpos correspondentes, adequados a experiência que precisam fazer.

Portanto, nossa situação humana é um demonstrativo de que já passamos pelas outras etapas, nas quais fomos nos desenvolvendo até chegarmos onde estamos; e daqui para frente haverá muito mais…

Esse desenvolvimento significa haver condições das leis universais, que estão em nossa estrutura espiritual, serem postas em funcionamento; porque inicialmente estão em latência. O contato com o exterior promove o desabrochar interior e este amplia aquele, numa via de mão dupla, que se constitui na evolução espiritual.

Nas etapas mineral, vegetal e animal inferior, nota-se o desenvolvimento espetacular das formas, desde uma partícula subatômica, passando pela majestade das árvores e depois pelos corpos animais mais simples. Após isso, vemos corpos mais complexos, chegando aos que tem sistemas organizados e especificos e cérebro complexo, como já existe nos mamíferos.

Quem tem cérebro tem mente, que é a estrutura espiritual que determina sua existência no corpo. Ou seja, os Espíritos na fase animal também têm mente, reconhecida pelo cérebro que possuem, cujas características são as de seu grau evolutivo.

Já nos anfíbios, e sobretudo nos répteis, o tronco encefálico está bem caracterizado e daí até os mamíferos e os humanos, só vai se ampliando e complexando e novas estruturas vão existindo, para que os Espíritos encarnados nessas espécies tenham,  no corpo físico, o que se chama cérebro, e possam manifestar-se, em conformidade com a evolução alcançada.

Na medida em que desenvolvem a capacidade de ter formas complexas nos corpos de matéria densa, gradativamente os Espíritos vão dando funções a essas formas, ampliando a complexidade de ambas e podendo se expressar cada vez mais. Condição essa, plenamente observável em animais como cavalos, vacas, cães, elefantes, gatos, macacos, golfinhos… nos quais podemos notar claramente que os Espíritos aí sediados, já apresentam inteligência maior e mais flexível, emoções, criatividade, sentimentos, arbítrio, interatividade individualizada e uma personalidade bem caracterizada. Obviamente, tudo isso nos limites da espécie e da condição animal.

Falando de outra forma, mostram um conjunto de recursos, habilidades e desenvolvimentos, que no ser humano ganharão foros de auto consciência explícita, sentimentos complexos, emoções mentalmente mantidas e desequilibradas pelas idéias, razão, intelectualidade, decisões soberanas e espiritualização (cuidar de suas maneiras de pensar e ser).

O 1% de diferença no DNA entre humanos e chipanzés, mostra bem esse processo evolucional, no qual todas as características humanas estão desabrochando nos animais, para na fase hominal poderem florir. Ou não haveria evolução, isto é, progressão, como dizia Kardec.

Por isso, os animais de hoje são, sem qualquer sombra de dúvida, os Homens de amanhã. Na mesma e exata medida em que somos os animais de ontem.

Muitos dirão, com base no fato real de se poder condicionar os animais, amestrando-os (como também aos humanos), que todo comportamento animal é fruto desse processo. No entanto, as pesquisas de muita gente e a minha experiência pessoal dizem que não. Há condicionamento e há observação analítica, sensitividade e escolhas. Tenho centenas de exemplos vividos, que me mostram isso!

Por outro lado, se é possível condicioná-los, é porque os animais têm mente, ou seja, um “departamento” do próprio Espírito, onde se fazem as funções de aprendizado, memória, controle de funções mecânicas do corpo, condicionamentos, raciocínios e razão (nos humanos). Por isso, merecem mais respeito do que se costuma lhes dar. O que não é sinônimo de humanizá-los, com hábitos e tratamento que fogem ao que lhes é devido, digno e natural.

Os animais domesticados e adestrados, passam a obedecer, e mesmo assim, cada um de um jeito e num certo grau, a determinadas regras que estabelecemos. Porque cada um é um Espírito independente e com experiências peculiares, que lhes confere diferenças pessoais.

Também conta muito a forma de pensar e se expressar, da pessoa que lida com eles, porque uma coisa é obedecerem sendo respeitados e outra, é só por temor, quando não pavor! Seria bom se pensar mais nisso…

No entanto, obedecem relativamente… pois sempre encontram uma forma de driblar, desobedecer e criar situações que estabelecem diferenças, seja por alegria ou por raiva.  Afinal, tem criatividade ativa e inteligência para usá-la! E nisso temos como notar a personalidade do animal; e a de quem lida com eles…

Mas tendo cuidado de quase 50 gatos, sei que há a obediência, mas há a iniciativa. E onde há iniciativa há um tanto de observação, seleção, escolha e discernimento!

Minha conduta com eles não é adestradora. Dou bastante liberdade para serem quem são, apesar de não saírem de casa, por causa das telas e alambrados, que evita serem envenenados.

E digo que eles ajudam, percebem o que não notamos, nos alertam, mudam de humor, revelam grandezas de alma, dão grande exemplo de inteligência, participação, suportação de situações adversas e amizade incondicional.

Quem disse que os Espíritos que se comunicaram

com Kardec não tinham sotaque?

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