“Toda a natureza é um anelo de “serviço”.
Serve a nuvem, serve o vento, serve o sulco.
Onde houver uma árvore para plantar, planta-a tu; onde houver um erro para corrigir, corrige-o tu;
onde houver uma tarefa que todos recusam, aceita-a tu.
Sê quem tira a pedra do caminho, o ódio dos corações e as dificuldades dos problemas.
Há alegria de ser sincero e de ser justo; há, porem, mais que isso, a formosa, a imensa alegria de servir.
Como seria triste o mundo se tudo já estivesse feito, se não houvesse uma roseira para plantar,
uma iniciativa para tomar!
Não te seduzam as obras fáceis. É belo fazer tudo que os outros se recusam executar.
Não cometas, porem, o erro de pensar que só tem merecimento executar as grandes obras; há pequenos préstimos que são bons serviços; enfeitar uma mesa, arrumar uns livros, pentear uma criança.
Aquele é quem critica, este é quem destrói, se tu quem serve.
O servir não é próprio de seres inferiores. Deus, que nos dá o fruto e a luz, serve.
Poderia chamar-se: o Servidor. E tem seus olhos fixos em nossas mãos e nos pergunta todos os dias: Serviste hoje?
A quem? A árvore, ao teu amigo, à tua mãe?”
(Texto preferido do meu avô Pedro Marinho)