- A ideia de se estar em tempo de crise reaparece constantemente em nossa sociedade, pelos mais diferentes motivos
-> financeiro, moral, familiar, minorias, ideologias, revoluções, tecnologia, doenças, fenômenos naturais…
- Crise entendida como desgraça, é predomínio das emoções sobre a razão e da contaminação social por idéias
negativas e boatos que dilapidam as forças morais e enfraquecem o caráter e as escolhas;
- Entendimento equilibrado: é a etapa crítica de um processo que cresce e depois decresce -> pode ser aproveitada
para aprender, reciclar, reestruturar e fortalecer-se; criar a paz e a fraternidade;
- Atualmente há uma grande exposição de condutas, parecendo que tudo está num caos moral. Mas são apenas as
exposições -mídia- do que antes ficava sempre oculto, somado á uma população muito maior;
- Crise existe: é o pico de um processo -> soma de muitas consequências das maneiras equivocadas
de usar o livre arbítrio (pessoal ou coletivo) -> pensa-se estar fazendo o mais certo, sem perceber equívocos;
- Nossas posturas íntimas geram pensamentos e ações; e também a ausência de percepção e ajuste de rota.
Assim: atitudes vão sendo tomadas… coisas vão acontecendo… situações vão se instalando… E chega a crise!
- Como tudo que ocorre é fruto de um processo, esse é o processo de formação de qualquer tipo de crise -> social,
pessoal, moral, financeira, familiar… ou da saúde física ou mental;
- Crises tem vida curta ->\ não são perenes. Duram um período e começam a declinar gradualmente até o processo
alcançar seu possível equilíbrio, em função do grau de entendimento de suas causas e das providências tomadas;
- Num futuro, próximo ou remoto, se as posturas (causas) não tiverem sido percebidas e transformadas, o processo
vai se instalando de novo -> pela somatória das consequências acontece outro pico da problemática que é a crise;
- O Espiritismo nos dá a grande oportunidade de conhecer uma nova visão de mundo – através de seus
Princípios – cujo enfoque principal é sermos um Espírito em evolução e responsável único por nós mesmos;
- Evoluímos gradativa e pessoalmente, caminhando da inconsciência para a consciência. A sociedade sendo a soma
dos encarnados e desencarnados, reflete a somatória das características individuais, em cada tempo observado;
- O grau evolutivo de cada um tem uma coerência intrínseca -> erros e acertos são naturais e promovem a
evolução, num processo consciente ou não, de reciclar pensamentos. Esse “grau evolutivo” não é a causa de
vivermos bem ou mal -> isso se deve a como nos colocamos (postura) face às circunstâncias;
- Somos ao mesmo tempo bons e maus, justos e injustos, corretos e incorretos, leais e desleais, amorosos ou
vingativos…->dependendo do momento, de quem interage conosco e do que nos favorece ou fere;
- Moral é o comportamento individual em conformidade com a evolução pessoal. Ela varia numa mesma pessoa
em relação aos muitos aspectos da vida (que “puxam” o nosso melhor ou o nosso pior…);
- Todos caminhamos para a descoberta do que seja o Bem verdadeiro. Portanto, a evolução moral da sociedade
equivale a dos indivíduos que a compõem !
- A moral espírita não é feita das regras da moral tradicional, mas do conhecimento dos Princípios do Espiritismo
caracterizados pelo ensino de Jesus: agir com o outro como queremos que aja conosco;
- A moral de uma pessoa/Espírito não piora ->a criatura pode ter entrado numa fase em que predominem aspectos
pouco desenvolvidos e/ou situações graves mal resolvidas num passado próximo ou remoto, o que dá a impressão
dela estar hoje, pior do que foi ontem;
- Nossas posturas íntimas face às situações produzem pensamentos e estes geram palavras e atos. São o modo de
“ver” e determinam as respostas da Vida às escolhas que fazemos. São as consequências naturais do nosso arbítrio!
- No decorrer da vida vão chegando dificuldades… não por castigo pelos erros ou por imposição divina
->são fruto das posturas e escolhas do presente e do passado. Deus nos deu arbítrio e não interfere!
- O Espírito pensa -> qualifica seu perispírito no teor do pensamento e caracteriza seu corpo físico nesse mesmo
teor pelos estímulos que disparam a produção de substâncias intracelulares; essa qualidade fluídica ganha o
ambiente. Assim influenciamos e somos influenciados, para o bem e a paz ou para a “guerra” e a desunião!
- Isso significa que não há uma realidade pronta e acabada, na qual precisamos nos inserir. Cada um cria a sua,
à partir das próprias posturas interiores/seus pontos de vista. Tudo que chega e nos envolve é uma espécie de
reflexo do nosso íntimo. Isso anula qualquer ilusão de sermos vítimas, haja o que houver;
- O momento / a fase de crise, pessoal ou coletiva, é uma oportunidade para se rever -reciclar- formas de pensar e
ser, valores, posturas, condutas, idéias… Cultivar o espírito da paz e abandonar o espírito da guerra!