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Algumas nuances do uso do arbítrio

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Provavelmente na sua vida, a noção de ter arbítrio já foi motivo de alguma reflexão.

Sempre se brinca que o arbítrio alheio não deveria existir, mas o nosso, sim, esse é sagrado!

Nas voltas que a vida dá, também já nos deparamos com o uso funcional, o indevido, o oportuno e solucionador, o desastroso, o parcial do nosso arbítrio. E mais, que ele é livre, ou seja, funciona segundo a nossa vontade, sentimentos e modo de pensar, ou seja o “grau” evolutivo de cada um.

Sim, porque o nosso é só nosso! Não há como dividí-lo, nem doar, muito menos pegar o do outro. Também não há como deixar de tê-lo, porque é um desenvolvimento do Espírito que somos; se bem que podemos diminuir, restringir o uso que fazemos dele.

Cada um tem o seu e o usa como pode e como quer, duas coisas diferentes, que não se confundem uma na outra., mas podem se complementar.

A pessoa pode e quer; pode e não quer; não pode e quer; não pode e não quer.

No entanto, o pode e o quer, cada um tem num grau e com nuances particulares, por causa de sua história de vida e de como esteve usando seu arbítrio anteriormente; o que gerou consequências recebidas e entendidas do seu modo, ou melhor, daquele que lhe foi possível quando aconteceu. É assim que criamos libertação ou amarras, limitações a nós mesmos.

Como estamos em evolução contínua, tudo em nós vai mudando, amadurecendo e melhorando, o que inclui o arbítrio. Essa capacitação se desenvolve no decorrer do tempo e do uso; principalmente quando começamos a perceber as consequências naturais resultantes de como o usamos.

Por isso, não adianta querer decidir igual ao outro, embóra possamos, claro, mas é que as sensações, os resultados e as consequências advindos, são essencialmente pessoais.

Nos assemelhamos mas não somos idênticos em nada, por sermos individualidades individuais.

Há ocasiões, inclusive, em que escolhemos não escolher, deixando pra fazer isso na ocasião mais oportuna. É quando sentimos a coragem de enfrentar o mundo e dizer: ainda não tenho condições de decidir! Quando tiver, farei.

Também, muitas vezes, arbitramos por não usar nosso arbítrio: – Escolha você!  – Decida você!

As razões dessa entrega são as mais variadas e aquele que for encarregado de escolher por nós, pode sentir-se lisonjeado, aborrecido, feliz, preocupado… Há até aqueles que gostam da situação e passam a sempre querer que os deixemos decidir, escolher, opinar e agir em nosso lugar. Chega a ter quem nos forçe a isso, de maneira sutil, manhosa e outros, pela agressividade, impondo e exigindo… Se cedermos tornam-se nossos donos e nos manipulam para o que querem, através de chantagens emocionais, medo e ameaças.

Mas o arbítrio continua sendo nosso, embora passemos um aval para que outro o use. E o fazem até mesmo contra nós! Agem pelo nosso consentimento, pela nossa conivência e pelo medo (crença no mal) de perdermos isso e aquilo, o amor da pessoa ou… É como se outorgassemos essa pessoa como nosso representante legal! Damos poder a ela!

Nós lhe damos o poder que é nosso; aliás, é o maior poder que temos: arbitrar, escolher, decidir! Empoderada, não quererá perder a posição!

É tamanho o costume equivocado, de que este e aquele sabem decidir melhor e por isso terceirizamos o uso do nosso arbítrio, que essa conduta tem sido confundida com amar, ter confiança, respeitar, dar valor…

E ai daquele, daquela, que resolve tomar as rédeas da própria vida e começar a escolher por si, após ter cedido esse direito a outrem! Recebe a contrariedade, a condenação, cobranças e desafios, vindos do ego ferido daqueles que acostumamos mal, dando-lhes o direito de decidir por nós; dizem-se feridos, desprezados… Podem “atacar”!

Curiosamente, esse vício comportamental implica em que se deixe de lado o amor por si e a autoconsideração, para dá-los a outros, em forma de abdicação do que nos compete em primeiro lugar: gerir-nos, escolhendo e arcando com os resultados, ou seja aprendendo a viver melhor.

Respeito ao outro, mas também a si próprio!

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