Diálogo entre amigos

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A.F. e C.H.

A.F.: … tenho, sim, muito interesse no que você possa me passar de material para estudar a adulteração de O Céu e o Inferno. Pensar que se admitiu ensinos contra os legítimos de Kardec, por tanto tempo!! Estou me organizando para pesquisar e entender o prejuízo dessa adulteração, e o que essas mentes tentaram ocultar e calar…

C.S.: Certo! Faz bem em pesquisar para ficar dono do conhecimento. Mas não vou evitar de lhe dizer o que meu coração pede nesse momento. Desculpe. A ideia não é influenciar e sim como que desabafar, pela franqueza e liberdade recíproca, de dizer o que pensamos.

Entendo que assim como tiraram de Jesus a característica de libertar a mente das criaturas, mostrando-lhes as consequências naturais das escolhas feitas (livre arbítrio/consequências naturais); tornaram-no uma fonte religiosa de obrigações e medo; uma espécie de padre que perdoa pecados; um encarregado de “serviços gerais”, evocado a cada dificuldade que apareça; um milagreiro e “salvador da pátria”, que precisa correr para nos socorrer nas dificuldades, que aliás são muitas … fizeram o mesmo com o Espiritismo.

A.F.: É… Kardec disse que as ideias novas que sejam libertadoras, como o Espiritismo, encontram oponentes astutos e ferrenhos, que não querem perder sua posição social, poder e muito menos reconhecer que precisam mudar de opinião. Também disse que os inimigos verdadeiros estão dentro do meio espírita…

C.S.: Entendo que o objetivo de quem fez as adulterações foi de esconder a característica libertadora das consciências subjugadas, medrosas e oprimidas pela falsa  ideia predominante das penalidades divinas aos que erram. Com isto, criaram conflito com as demais obras de Kardec e acima de tudo negaram o processo evolutivo e o arbítrio,  Princípios básicos do Espiritismo.

Retrocedendo aos conceitos dogmáticos, essas penalidades divinas defendidas na adulteração deste livro e também de A Gênese, são direcionadas aos que erram, mas especialmente aos desobedientes, aqueles que por usarem de forma mais fecunda a inteligência racional, já eram portadores de um tanto de postura mental autônoma, para questionar e cotejar informações.

Essas ameaças amedrontadoras provocaram, numa grande maioria, o religiosismo, o misticismo, a hipocrisia inconsciente de aparentar-se moralmente inquestionável, os preconceitos às diferentes concepções de vida e aos entendimentos diferenciados sobre Deus, a Vida e o ser humano; tornando-se defensores de ideias retrógradas, em todos os campos do conhecimento humano, endeusadores de médiuns e Espíritos; e pessoas altamente teóricas, dominadas pelo entendimento desviado dos Princípios que formam e distinguem o Espiritismo.

A.F.: Concordo. Bem pensando! Noto isso. Até já me observei repetindo certas coisas e tomei atitude de modificar.

C.S.: Sim…é hora de rever conceitos espíritas… com alegria e bem estar mental. Libertação de pesos da incoerência…

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