Aconchego

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“Chovia sobre a vivenda.

“Sentado na varanda de olhos fixos nas águas que caiam sobre o chão de tijolos, e se acumulavam naqueles que ao longo do tempo saíram de nível formando pequenas poças, o pensamento solto voava.

Nossa visitante era sem vento nem fúria, sem rancores ou ameaças. E por manifestar-se assim tão calmamente suscitava em roda de si muita serenidade.

Nesses instantes é como se a Natureza nos passasse uma mensagem através da palavra viva, porém inarticulada, do Ser invisível que sustenta a constituição de todas as coisas… “Aceita meu abraço, o meu conforto. Esquece um pouco a ti mesmo e descansa no aconchego de meu colo”.

E pelo menos naquele segundo compreendi que muitos dos nossos problemas, dores e sofrimentos nascem de nossa ocupação demasiada como “velho eu” – espécie de cristalização de formas de ser inautênticas que nos roubam as possibilidades reais de pacificação e asserenamento que emanam constantemente do manancial de nosso ser essencial”

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