Atenção em si e “radar” funcionando

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Muita gente pensa bastante em Jesus em dezembro. Durante o ano ele é lembrado sim, mas para pedidos, reclamações, exclamações de desagrado, medo ou ansiedade e para tomar providências: Jesus, onde está minha chave? Jesus, me ajude! Jesus, você não viu o que ele fez? Jesus, e agora? Jesus ajuda essa pessoa! Jesus, como resolvo isso? Jesus, leva embora a pandemia. Jesus, isso não é possível! Jesus, tudo acontece comigo! Jesus me cura! Jesus… Jesus…

Se ele tivesse WhatsApp estaria no Guiness, pelo número de mensagens recebidas por dia.

Brincadeiras à parte, os fatos da Vida, as complicações e dificuldades, são provas que estão sempre nos testando conhecimentos, capacidades de usar o que sabemos, flexibilidade, superação de maus hábitos, uso da criatividade, busca de recursos interiores, necessidade de aprender e observar mais e melhor. Tudo porque estamos em evolução espiritual e precisamos de experiências.

Mas se Jesus viesse a cada um desses momentos nos ajudar, como cresceríamos em nós mesmos, como aprenderíamos a ser mais eficientes e bons, como estaríamos nos preparando para um dia ser como ele demonstrou que era, quando esteve encarnado aqui, há mais de 2000 anos?

Obviamente que havendo uma necessidade real, nossos pedidos recebem a atenção de nosso anjo de guarda e/ou Espíritos voltados ao Bem, trazendo-nos suas inspirações ou através de outros Espíritos ou pessoas com dos quais tenhamos sintonia, para conseguirem passar a sugestão.

 Ideias, sugestões, informações úteis, nos chegam de inúmeras formas, mas a solução, a atitude, a decisão são exclusivamente nossas! Não há como terceirizar isso.

Bom… é preciso dizer que quando ficamos num peditório incessante, sem reflexão sobre a nossa própria colaboração, facilitação ou participação numa situação ruim, equivocada, desastrosa… acabamos nos iludindo de que somos apenas vítimas e nos distraímos, não abrindo o “radar” psíquico.  Lógico que Espíritos oportunistas se aproveitam da desatenção; e partilhando nosso campo mental trazem suas sugestões e se aproveitam das nossas energias.

A oportunidade que estávamos tendo de nos conhecer melhor e empreender providências e exercitamento de ideias mais equilibradas e geradoras de posturas e atos um pouco melhores – que seria como a ultrapassagem de um elo ascendente de uma espiral – torna-se uma descida, que pode até ser para uma situação inferior à que ocupávamos.

Como tudo que vivemos ou ocorre é passageiro, por mais que não nos pareça ser, um pouquinho de maturidade e conhecimento espírita nos convida à precaução em relação àquilo que já sabemos que costuma provocar/puxar nosso lado mais fraco/o nosso pior. Bem como indica a necessidade de atenção redobrada ao que pedimos, como o fazemos e com que postura interior.

Recolha-se e eleve-se, disse Jesus, ensinando como nos postarmos interiormente, para orar. Que nossas preces e pedidos em prece jamais sejam vulgarizados e levianos.

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