Alerta Vermelho!!

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Muita gente, espírita ou não, nas horas difíceis busca o Espiritismo para ser consolado, porque lhes disseram que é o consolador prometido por Jesus.

O Espiritismo consola, mas pelas explicações sobre o funcionamento da vida e não por acocorar! Eleva, firma a alma, o coração e a boa disposição e jamais subjuga, abaixa, “chora junto” e mantem o coitadismo!

Mas… é preciso distinguir o trigo do joio, como disse Jesus. Nesse caso, o joio é de dois tipos:

1.  Textos de Kardec adulterados em seus dois últimos livros, O Céu e o Inferno e A Gênese;

2. Mensagens altamente discutíveis, desviadoras e ilusórias circulando pelos veículos de mídia social, sem serem analisadas, conforme o critério que Kardec nos deixou, basicamente em O Livro dos Médiuns, mas citado muitas vezes, em outras obras.

O joio do tipo 1. refere-se ao fato de a moral espírita ter sido ocultada na adulteração dos textos originais de Kardec, nesses dois livros, de modo a refazerem aquela dos conceitos religiosos de um Deus que castiga os erros humanos e os condena a sofrimentos mil, negando a autonomia, a evolução pessoal e gradativa e o arbítrio livre. Afora outros desvios decorrentes deste, como por exemplo, a falsa ideia dos castigos perenes após a morte do corpo, se a pessoa cometeu erros durante a vida.

As consequências da adoção desses conceitos deturpados, impede o entendimento correto do Espiritismo e, obviamente, sua aplicação na vida diária e a transformação moral para melhor que pode haver, quando se adota seus verdadeiros Princípios, que são libertadores.

O grande diferencial conceitual desse conjunto de Princípios, e com ele o entendimento moral trazido pelo Espiritismo, deixa de existir para a pessoa que não vê seus pensamentos como causa de seus atos e conduta; como geradores de consequências naturais correspondentes exatamente ao arbítrio que possui. Ao contrário, a pessoa é induzida à heteronomia, ou seja, a seguir regras impostas como estrutura moral desejável para agradar a Deus; e se manter uma pessoa medrosa e limitada em sua natureza espiritual.

O joio do tipo 2. refere-se a uma enxurrada de mensagens novas e repetidas, que se arvoram em soluções, explicações, condenações, salvações relativas agora à pandemia, mas que não se sustentam diante de uma análise mesmo que não muito criteriosa, em termos de lógica e bom senso.

Algumas chegam ao desplante de dar os nomes daqueles que se dizem membros de equipes de Espíritos superiores e convidam para que os descuidados e crédulos os evoquem e sintonizem com eles, todos os dias, para também se incorporarem nessas equipes salvadoras do ser humano! Cuidado extremo com isso!!!

Todas usam linguagem que pode confundir quem não analisa, por usarem termos cristãos, espiritas ou por repetirem ideias certas, mesmo que sem muito nexo ou razão de ser no texto; algumas usam a verborragia como recurso de cansar a mente do leitor, outras apelam para Jesus, Chico Xavier, Deus… ou para o sentimentalismo. E usam a técnica consciencial do tipo: “como você vai negar isso, se você também precisa de ajuda?” ou “você não pode ficar fora dessa chance de se salvar, resgatar suas dívidas, e ser visto como um benemérito cristão.”

Dizem que os que morrem estão em falta com as regras estabelecidas por Deus, e são expulsos do planeta. E chegam ao cúmulo do absurdo de dizer que Deus está escolhendo quem vai morrer e quem vai ser salvo!!!

Engambelam para depois vir a “facada”, ou seja, o objetivo de angariar adeptos e divulgadores.  

Muito, mas muito, mas muuuuuuito cuidado com o endeusamento de médiuns e Espíritos, sejam quem forem ou quem dizem ser!!!!

Evitemos de servir a mau senhor!!!

Melhor recusar nove verdades a aceitar uma mentira e ficar na sintonia e sob o domínio de quem “fugiríamos”, se pudéssemos ver a criatura na sua verdade. Quem vê nome não vê coração!

A orientação e o critério de Kardec para se aceitar ou recusar uma comunicação de Espírito é clara, objetiva e não deixa dúvidas: fazer uma rigorosa análise do conteúdo, seja quem for o médium ou o nome dado pelo Espírito.

Joios 1. e 2. não consolam; enganam e iludem!

Veja a bibliografia básica: O Livro dos Médiuns – kardec – 2ª parte  cap. XXIV / cap.XXIX – 329 – 330.


PS.: Dias após o texto pronto, chegou a mim uma mensagem do ano passado, em que um falso Kardec se mostra negacionista da gravidade da pandemia, diz que Deus resolve tudo e que é preciso apegar-se a ele e a fé, evidentemente cega, dito de forma disfarçada, e num estilo eminentemente roustainguista. Linguagem muito distante da objetividade, conteúdo espírita denso, esclarecedor e textos enxutos que caracterizam Kardec. Essa é mais uma daquelas mistificações ou fraudes em que o falsário se esforça para convencer o leitor crédulo e desatento, de que foi Kardec o autor; e incorre no crime de falsidade ideológica.

Também chegou outra, em que foi oferecida, com datas, uma vacina espiritual… grave engambelação aos crédulos e desconhecedores do Espiritismo e do funcionamento da Vida.

Fiquemos atentos! Autonomia é escolher e decidir por si. Livre arbítrio!
Rejeitemos apelações e desvios da lógica e do bom senso!
Os animais nada têm a ver com os disparates e falcatruas humanas, mas em O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo XX, texto Missão dos espíritas, está dito que só lobos caem em armadilhas para lobos.

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