Com base nessa informação que Kardec nos deixou podemos raciocinar sobre como a Vida funciona no sentido das leis universais criadas por Deus. Obviamente essas leis não estão em algum lugar. Só podem estar nos Espíritos, conceituados como os seres inteligentes da criação.
Se pensarmos apenas que estão na consciência, estaremos falando de Espíritos em grau evolutivo humano conscientes de si. Mas os seres humanos primitivos não tinham essa consciência, como os animais não têm; e que diremos das fases anteriores, vegetal, mineral e atômica? Por isso é preciso estender o raciocínio e entender que se há evolução, mesmo que orientada, há potencial para isso. Esse potencial são as leis universais compondo os Espíritos. Entendo assim. Estimulados pelas circunstâncias e pela colaboração dos Espíritos superiores que deles cuidam, os Espíritos antes da fase evolutiva humana (que muita gente chama de princípio inteligente, mas isso, na minha opinião, se confunde com o elemento espiritual primitivo), correspondem a esses estímulos e vão desenvolvendo as formas e funções físicas e depois outras características necessárias para estarem em condições de serem humanos. Pois as características humanas serão gradativamente desenvolvidas, incluindo a inteligência racional, o arbítrio e a vontade.
Ou seja, em cada fase e nuance de fase evolutiva, os Espíritos “usam” as leis universais, em conformidade com suas possibilidades. De modo que as leis são sempre as mesmas, mas manifestam-se de forma diversificada em cada um. Uma jabuticabeira usa as leis como árvore frutífera. Um inseto, como inseto. Um Espírito construtor de corpos celestes, usa-as na sua alta capacidade; e cada um de nós humanos também o faz, de acordo com a somatória dos detalhes de nossa evolução.
Por isso: Unidade/Diversidade.
As leis são sempre as mesmas, mas por serem criação de Deus têm uma infinidade de possibilidades de nuances… de modo a serem a causa da existência e da evolução de cada Espírito, esteja na condição evolucional que estiver.