22 de dezembro de 2012
por Cristina Sarraf
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Eles são os Homens de amanhã!

“Animais são Espíritos em evolução, sencientes e inteligentes, em sua medida evolutiva” C.S.

Estudando o Espiritismo aprendemos que somos Espíritos fazendo uma experiência num mundo de matéria densa e nós, os humanos, ocupamos, aqui na Terra, o patamar mais alto da capacitação evolutiva, na medida em que todos os Espíritos estão inseridos na Lei de Evolução ou Progressão Espiritual. Continue Lendo →

22 de dezembro de 2012
por Cristina Sarraf
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Mensagem

Mais um ano finda e outro começa.

E nós continuamos estudando o Espiritismo com a mesma alegria e entusiasmo de sempre,

pelos benefícios que temos obtido, pela coragem de trocar idéias, renovar conceitos

e trabalhar em nosso íntimo, pela superação dos medos, conflitos e inseguranças,

trocando-os pela certeza de que fazemos nossos dias segundo a maneira como pensamos.

Que em 2013 aproveitemos todas as oportunidades de aumentar a lucidez e a amizade que nos une!

22 de novembro de 2012
por Cristina Sarraf
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Mereço?

(ao amigo Claudio Silvestre)

Será que mereço?  Terei merecimento?   Ela não merece isso!  Deus dá só pra quem merece!

Quantas vezes dissemos frases como essas, julgando, condenando e decretando, com base em nossa avaliação pessoal, transferida para as leis de Deus, quando não para ele mesmo!?  Quanta pretensão nos acompanha, ainda!

No fundo dessa conduta humana, há um hábito arraigado, implantado pelo tempo de inobservância das palavras. Por exemplo, no www.dicionárioweb, encontramos: Merecer = v. t. ser digno de. Ter direito a. Granjear.  Mérito = s. m. merecimento, aptidão, superioridade. Bom serviço no desempenho das funções.  

Como vemos, tem mérito ou merecimento, quem tenha feito por alcançar algo, por concluir algo, por realizar algo.

Mereço um pagamento porque trabalhei; mereço elogio porque imprimi qualidade no que fiz.

Sabemos disso, mas não damos muita importância a esse saber, porque boa parte da sociedade aplica os termos merecer e merecimento com uma conotação religiosa tradicional. Ou seja, costuma-se usá-los para a pessoa que for dócil e cumprir as leis da religião -ditas divinas- porque então Deus a premiará, livrará dos perigos e dará boas coisas para sua vida.  O que significa que se cometer erros, sentir raiva, não se deixar de lado por causa dos outros, sair das idéias e conduta tradicionais, desobedecer as regras… só terá más coisas na vida, sofrerá muito e receberá castigos. Por isso, pensa-se, por exemplo, que certa pessoa não merece ter problemas porque é uma pessoa boa. Conceito bastante equivocado, porque não leva em conta que as situações difíceis, ao serem enfrentadas e superadas, puxam o fortalecimento de nosso caráter e  ensinam a viver melhor.

Observando algumas formas de pensar, podemos reciclar nosso conceito sobre essas palavras. E usando os Princípios do Espiritismo como critério, aprofundamos a reciclagem, porque salientam os desvios conceituais.

Usaremos: Livre arbítrio = liberdade de escolha; Consequências naturais = fruto do arbítrio de pensar e ser, não sendo prêmio nem castigo; Reencarnação = voltar a vida material em novo corpo; Evolução = desenvolver potenciais; Deus = criador dos elementos espiritual (origem dos Espíritos, onde estão as leis universais) e material (instrumento inerte, para a evolução dos Espíritos). Em O Livro dos Espíritos de Kardec, encontram-se esses Princípios detalhados e analisados.

Unindo-os, Deus não criou cada ser, pois todos os Espíritos são individualizações do elemento espiritual. Tendo  em si as leis universais em potencial, iniciam o processo evolutivo, que é o desabrochar delas e seu gradativo funcionamento, fazendo-os passar pelos reinos mineral, vegetal, animal e hominal, através das reencarnações.

Salientando-se nos humanos, o desenvolvimento do arbítrio, deixa bem claro o poder que temos de escolher o que nos pareça melhor. Isso porque o arbítrio também está se desenvolvendo e obedece as nuances evolutivas de cada um. Onde temos mais experiências, portanto mais desenvolvimento evolutivo, também nossa capacidade de escolher acertadamente é mais ampla. Então, não é Deus que nos dá situações, paz, bem estar, sorte e nem prêmios ou castigos. Ter arbítrio é o mesmo que dizer que Deus não decide nada na vida das pessoas.

Conforme pensamos, escolhemos e decidimos, mesmo que aceitando ou copiando opiniões alheias. Isto cria consequências naturais, ou seja, cada um constrói sua vida e nela tem situações boas ou ruins, em conformidade com seu modo de pensar e ser. Portanto, se ter mérito é fruto de algo pelo qual trabalhei e me empenhei, obviamente tenho os bons resultados correspondentes. E Deus não tem nada a ver com isso e nem me premia.

Também, entre os animais mais evoluídos, culminando nos humanos, tem início a formação da mente, sede da memória, do controle das funções físicas, do raciocínio, da criatividade, da razão e dos condicionamentos.

Bastante notórios nos animais, os condicionamentos no ser humano são até maiores e mais amplos, porque apoiados pelas crenças, raciocínios e regras religiosas.

Para uma idéia, costume ou modo de ser tornar-se condicionado, é preciso que tenha sido repetido muitas vezes da mesma maneira, sem exame ou questionamento, por entendermos que é a expressão da verdade. Essa atitude estabelece a fixação, isto é, a memorização forte e aquilo passa a funcionar sem o uso da razão, e sim por automatismo. Por exemplo, um motorista experiente não pensa como dirige seu carro, apenas dirige.

Da mesma forma, por ouvirmos, aceitarmos e repetirmos, tantas vezes, que merecimento tem a ver com prêmios e proteção divinos, acabamos por inserir essa idéia condicionada em nossa forma de pensar, sem analisar seu poder limitante e sua conotação excludente e elitista. Mas também, sem a mínima observação do verdadeiro sentido da palavra, especialmente se olhada à luz dos princípios espíritas.

Ter arbítrio e procurar usá-lo da forma melhor e mais ética, é uma coisa.  Ter que agir segundo regras para agradar ao deus das religiões e merecer seu beneplácito, é muitíssimo diferente. É o oposto!

Romper um hábito equivocado pede coragem, superar o medo e conviver bem com as condenações. Mas é a única forma de ganhar liberdade interior e evoluir por consciência.

22 de novembro de 2012
por Constância
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Querer e Poder

Todos tem o direito de querer. Querer algo, uma situação melhor, querer curar-se, querer bons amigos, querer sucesso no que faz…

Porem, querer nem sempre é poder!

Para o querer ser poder é preciso que a pessoa tenha conhecimentos, estrutura emocional e espiritual, forças morais e determinação que sejam o suporte necessário ao atingimento de seu objetivo.

Tendo essa bagagem, a pessoa se garante nas etapas e nos momentos difíceis, porque tudo que é novo apresenta alguma dificuldade natural, por ter aspectos desconhecidos e ainda não vividos.

O querer não é poder quando a pessoa apenas quer, por simples desejo, ambição, inveja ou status, mas não tem estrutura pessoal para tanto e muito menos maturidade emocional para reconhecer sua falta de condições e mover em si os recursos necessários. Quer que alguém, Deus ou a Vida satisfaça sua vontade, e pronto!

Entre o não poder e o poder, estende-se a preparação, o exercitamento e o desenvolvimento de potenciais, que o orgulho, a vaidade e a prepotência não deixam ver; e a pessoa sente-se infeliz, injustiçada, ciumenta; quando não, fica raivosa, agressiva ou deprimida, desanimada. Um herói sofredor sem causa, terceirizando suas frustrações.

Ficar reclamando, fazendo-se de vítima em busca da piedade alheia, viver rezando, pedindo e culpando alguém, o governo, os pais, não resultará em nada de bom, nem de construtivo, que aproxime, um mínimo, essa pessoa do que ela quer.

Quando o querer não resulta em poder, o bom senso pede humildade suficiente para reconhecer a necessidade de equipa-se, instrumentar-se internamente. Nesse caso, sendo um querer real e não apenas um arroubo passageiro, ele permanece como objetivo e a pessoa trabalhará em si, o desenvolvimento das condições necessárias, através da busca de informações funcionais, da disciplinação de pensamentos e condutas e da aquisição de conhecimentos adequados.

Sentir-se menos que os outros, em nada ajuda, ao contrário, alimenta o coitadismo, acocora o vitimismo, a indolência e paralisa a vontade de agir.

Se o querer ainda não é poder, pode vir a ser. Só depende de você querer!

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23 de novembro: data de nascimento de Amelie Boudet

e de Abraão Sarraf

22 de novembro de 2012
por Cristina Sarraf
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Mediunidade – para entender e refletir

           

Estamos convidando os amigos do Jornal do CEM, para conhecerem e estudarem o livro Mediunidade – para entender e refletir do nosso querido Pedro Camilo, que muito tem contribuído com quem busca ampliar sua visão espírita, através de suas palestras, livros sobre a médium Ivonne Pereira e seu precioso Mente Aberta, psicografado, de autoria do Espírito Bento Jose.

Com dez capítulos, muito bem pensados e ordenados, este livro sobre mediunidade nos leva a uma saudável retrospectiva de alguns dos mais importantes pontos inseridos em O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, sobre os quais o autor reflete com liberdade mental, procurando a essência do pensamento do Codificador, bem como a aplicação prática dos mesmos. E nos convida a imitá-lo, questionando e examinando cada assunto, sem medo e com muito bom senso.

A editora é a Mente Aberta, que inaugura sua existência com esse livro, e já aponta para um promissor futuro, não só pelo profundo significado do nome, mas também, ao apresentar uma obra moderna e escrita, realmente, com a possível abertura mental, numa linguagem clara e objetiva, que agradará a todos.

Fica aqui o nosso convite aos amigos, e o nosso parabéns ao Pedro Camilo.

22 de outubro de 2012
por Cristina Sarraf
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Liberdade integral

“A mente que não está tolhida pela memória, tem a verdadeira liberdade.” – J. Krishnamurti

Liberdade não é apenas ter dinheiro à vontade, nem sair pelo mundo sem destino. Essas coisas são aspectos da liberdade, facetas coerentes com objetivos que se tenha.

Liberdade integral, que se manifesta em todas as situações da vida e em cada característica pessoal, é uma condição íntima, conquistada em si mesmo, de não ser escravo da mente e nem do julgamento social.

A mente “mente”,  já sabemos, por ser constituída basicamente de memória, que é o passado, formatado pelas impressões e conclusões que tiramos na época dos acontecimentos. Presos nela, não podemos observar as especificidades de cada momento.

A razão também faz parte da mente, e por isso mesmo, sempre está contaminada com os conceitos e preconceitos que adotamos do meio social, da cultura e das reações do nosso orgulho, ante os fatos que nos desagradam.

No entanto, memória e razão são fundamentais em nossa vida. E o conjunto de funções que chamamos mente, é a condição de termos e mantermos o cérebro e o comando do corpo físico.

Por tradição social ocidental, damos extremo valor à mente, ao conhecimento diplomado e à razão. Não que não tenham valor, mas há equívoco quando predomina em detrimento da sensibilidade, ou seja, do sentir sem palavras e conotações que caracteriza o Espírito.

É este sentir, intuir, perceber, que nos permite captar o que está alem do mundo sensório, ampliando nossa participação na vida. Até porque, somos Espíritos em experiência temporária na matéria densa, que de verdade não é densa e cujo exclusivo papel é ser instrumento para despertar as potencialidades do Espírito; processo esse que chamamos de evolução.

Nos mais equilibrados e evoluídos, todas as funções mentais tem seu papel relativo e são comandadas pelo Espírito, dentro da certeza de que tudo no mundo material é efêmero e ilusório, objetivando acordar-nos para nossa essência.

Quanto mais estivermos nela, mais se abre a percepção que leva à compreensão ampla e profunda das leis universais, sob as quais funciona o universo.

A vida na matéria densa estabelece nossa personalidade atual, que é apenas a superfície de nós mesmos. Ficar limitado a ela é nos acomodar, perdendo contato com o ser imortal e cheio de potenciais e capacitações que somos.

Por isso, a liberdade é um patrimônio íntimo, conquistado pela maturidade, que estabelece a necessidade de pararmos a gangorra do sofre – pede socorro, sofre – pede socorro, para nos firmarmos em nós mesmos e no empenho de libertação de medos, conceitos e preconceitos limitantes e condicionantes.

Mas para que essa mudança seja alcançada, precisa haver o cansaço das ilusões da matéria, seguido de uma atitude firme e decidida de manter-se centrado em si. Tambem, desprender-se das energias de quaisquer pessoas, Espíritos e situações, para poder focar toda percepção em si mesmo, no que sente e infere interiormente.

Esse movimento de interiorização e auto-reconhecimento, oposto ao chamamento do mundo, que nos pede uma constante exteriorização e identificação com seus valores passageiros e com as pessoas em alta na mídia, é a condição sine qua non da descoberta da liberdade de ser.

E esse é o caminho para a liberdade integral, que implica em sentir e pensar apenas por si, independente de qualquer tipo de referência, filosofia, modelo, costume ou consequência.

O pensar verdadeiramente livre, alimenta a liberdade de sentir, ser e viver que todos alcançaremos.

22 de outubro de 2012
por Constância
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Recaídas

Recair é voltar a um comportamento que imaginávamos já superado.

Recaídas fazem parte de nosso processo evolutivo. São normais e ninguém precisa se envergonhar de sua ocorrência.

Quando notamos que certa forma de ser não é boa, por causa dos problemas e dores que provoca, a inteligência nos leva a mudar. E é costume supor que essa decisão é suficiente para que a transformação ocorra, sem levarmos em conta as raízes dessa conduta, que estão no jeito que se pensa sobre o assunto. Por isso as recaídas acontecem.

Primeiramente, se o pensamento-causa não foi mudado, os atos-consequência não mudam.

Segundo, se o pensamento foi mudado, precisa de algum tempo para que  a substituição se concretize, na medida da profundidade do hábito de pensar daquela forma. Porque é exatamente quando nos distraímos da disciplina, que a recaída vem.

Muitas vezes ela acontece em situações inesperadas, aquelas que nos surpreendem e puxam a reação antiga, que ainda está enraizada. Fato que nos desagrada e pode até provocar depressão, fruto do orgulho ferido e da pretensão frustrada. Mas seria bom repensar e lembrar que o processo evolutivo não se dá como queremos e sim como podemos.

Conhecer o Espiritismo não avaliza um caminho isento das mesmas necessidades e etapas por que passam todas as outras pessoas. Seu papel é nos esclarecer sobre o funcionamento das leis da vida, convidando a amenizar os embates, pelo uso da inteligência e do bom senso.

Sem atentar para esse convite, prosseguimos com hábitos tradicionais e suas consequências comuns. Um deles é o de maltratar-se, física ou moralmente, após um engano, um erro; costume que vem da equivocada pedagogia do castigo ou então, da pretensão de perfeição comportamental.

Esses maltratos se fazem com palavras e sentimentos de menosvalia, de apequenamento e de comparação com os outros. E também se refletem nos descuidos que levam a nos machucarmos, termos perdas e estabelecermos conflitos pessoais e interpessoais.

Essa forma agressiva, quando aplicada no empenho em modificar condutas, dificulta muito e favorece as recaídas.

Porem, tratar-se com atenção, respeito e consideração, dando-se valor e vendo as qualidades que possui, ajuda em tudo, incluindo os períodos de empenho modificador das formas de ser que nos atrapalham e prejudicam.

Orar e vigiar é um excelente convite, desde que saibamos que é preciso agir, no sentido de trabalhar em si mesmo, porque apenas orar não produz resultados. E que vigiar não é ficar de tocaia consigo, para se pegar em erro e sim estar atento ao que pensa, ao que sente, ao que ouve, ao que aceita. Em outras palavras, é cuidar de si, com zelo e capricho.

Nas nossas relações com filhos, alunos, parentes… ter em mente essa naturalidade das recaídas, lendo nelas que ainda não houve superação da conduta negativa, é a possibilidade de não sermos injustos, cobradores e deselegantes, e sim de desenvolvermos um espírito fraternal, aprendermos a dar um apoio construtivo e estimularmos a auto-confiança, tão necessária para uma vida saudável.

22 de outubro de 2012
por Cristina Sarraf
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O Livro dos Médiuns – cap. XXIX – item 328

A instrução espírita não abrange apenas o ensinamento moral que os Espíritos dão, mas também o estudo dos fatos. Incumbe-lhe a teoria de todos os fenômenos, a pesquisa das causas, a comprovação do que é possível e do que não o é; em suma, a observação de tudo o que possa contribuir para o avanço da ciência. Ora, fora erro acreditar-se que os fatos se limitam aos fenômenos extraordinários; que só são dignos de atenção os que mais fortemente impressionam os sentidos. A cada passo, eles ressaltam das comunicações inteligentes e de forma a não merecerem ser desprezados por homens que se reúnem para estudar. Esses fatos, que seria impossível enumerar, surgem de um sem-número de circunstâncias fortuitas. Embora de menor relevo, nem por isso menos dignos são do mais alto interesse para o observador, que neles vai encontrar ou a confirmação de um princípio conhecido, ou a revelação de um princípio novo, que o faz penetrar um pouco mais nos mistérios do mundo invisível. Isso também é filosofia.

Amor, dor, amargor

22 de setembro de 2012
por Cristina Sarraf
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A dor, o amor e o amargor

Amor, dor, amargor

Se há uma situação da qual a maioria não gosta, é sentir dor. Nem da dor física, fruto de um machucado ou doença, nem da dor moral, que não é exatamente dor, mas um estado de grande desconforto íntimo, que não sabemos nem expressar direito e dizemos dor.

E no entanto precisamos conviver com  suas visitas periódicas!

A maneira de sentir a dor, a intensidade da sensação, o grau de auto-domínio que possa existir, a dramatização ou a busca de soluções sempre são pessoais. É porque cada um de nós tem sua peculiaridade em tudo, inclusive na forma como está constituído seu sistema nervoso e cérebro, onde 100 bilhões de neurônios, ligam-se por por milhares de conecções sinápticas, estabelecidas pela maneira como a pessoa pensa e sente.

È profundamente instigante observar que diante de um fato, pessoas reagem de maneiras muito diversas, deixando bem claro ao observador, que essa especificidade nasce das múltiplas reencarnações, cujas circunstâncias foram entendidas segundo sua maneira de pensar.

Pensamentos geram condutas que criam hábitos mentais, que passam de encarnação a encarnação, caso não sejam observados e avaliados, quanto a eficiência ou prejuízo que estão causando.

Esses hábitos também costumam ser responsáveis pela maneira como sentimos e encaramos a dor, e o que criamos com ela em nossa vida: o amor ou o amargor.

Interpretar a dor como algo que deve ser posto longe de mim, como se fosse uma injustiça do tipo: a cegonha deixou a criança na casa errada, é transformar a situação, pequena ou grande, numa bola de neve que vai rolando morro abaixo e carregando tudo consigo. Esse morro é a nossa vida e o que nela existe. Uma postura como essa cria o amargor.

Mas o amargor se expande e amarga a vida, estraga a aparência, compromete a saúde física, mental e espiritual e torna a pessoa insuportável, grosseira, agressiva e injusta; o que acarreta, pela sintonia, mais amargor pela falta de paciência, atenção e interesse dos outros para com ela.

A mulher com uma perna amputada, que anda de muletas e quer entrar num ônibus, xinga o motorista porque ele não encostou direito na guia da calçada; entra falando alto e dizendo que se fosse a mãe dele…o motorista faz um gesto de enfado e ela ameaça chamar a polícia; grita estar em seu direito e prossegue se queixando, cobrando e insultando, ou seja, expandindo sua amargura e acarretando perturbação e desagrado dos que nada tem a ver com isso e querem viajar em paz e em segurança, ameaçada se o motorista se enervar. Ou seja, chamando mais amargor.

Aos que interpretam a dor como consequência de algum modo de pensar, de algum hábito de reagir ou sentir, estabelecido pelas vivências passadas, ou mesmo pelo descuido e imaturidade, está reservada a abertura para a diminuição e a superação das causas da dor.

Entender-se como Espírito imortal, em evolução através das reencarnações, faz clareza sobre o uso do arbítrio segundo as possibilidades de cada um, hora acertando e hora errando; mas aprendendo com as consequências naturais das escolhas e formas de pensar.  Assim, a dor é vista como uma oportunidade de reconhecer um ponto falho no entendimento de um assunto ou uma forma ilusória de pensar. Ou seja, passa a construir o amor, pela suavização dos sentimentos e pelo reconhecimento de que se precisa de ajuda e de aprender a viver melhor.

Essa positividade é expandida, melhorando a situação interna e externa, e também agregando boa vontade, simpatia e colaboração de outras pessoas. Quero dizer, estimulando a existência do amor

A mulher com a perna amputada que anda de muletas e quer entrar num ônibus, cumprimenta o motorista e pede paciência por sua demora ao subir; diz a ele, em tom amistoso, que de outra vez, se ele puder encostar um pouco mais o veículo, facilitaria a subida de uma pessoa como ela. Disse com classe o que o motorista sabe que deveria fazer, foi educada e gentil, acarretando, para si mesma, boas vibrações e simpatia geral. Isto é, amor.

Muitas vezes, um acidente grave, uma desencarnação, uma doença, uma reviravolta negativa na vida, tem como reação tanto amargor, que dá para se pensar o que vai ser preciso acontecer para esse orgulho e prepotência cederem…

Fica, então, um alerta, para observarmos, com bastante respeito, quais reações temos tido, ante a dor que sentimos. E também, como temos reagido e insuflado que outros reajam, quando a dor visita pessoas amadas e significativas.

A Vida, na generalidade de sua manifestação, é sempre uma grande e sábia mestra. Sempre ensinando e reciclando conhecimentos ou então, dando aulas de reforço aos que se atrasaram por algum motivo.

Setembro é tempo de lembrar, de forma especial, de Cairbar Schutel, Cosme Mariño e Herculano Pires