18 de outubro de 2010
por Cristina Sarraf
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A vontade de Deus

vontade-de-deus

Quando as tendências apontavam que o terceiro milênio se caracterizaria pela velocidade da comunicação global e que o poder estaria baseado na posse do conhecimento informativo, não pensávamos que isso representaria uma verdade também para as questões pessoais, como tem se mostrado.

Causa espanto a quantidade de reestudos, reavaliações de informações e reciclagens de pensamentos, em relação aos vários ramos do conhecimento e da conduta humana, promovidos por quase todos os segmentos da sociedade. Basta olhar as bancas de jornais, as livrarias, os sites, a TV, isso para citar apenas o que está popularizado. De tal maneira que, sem entrar no mérito do foco e dos caminhos dessa grande mexida conceitual e comportamental, é significativo o número de pessoas que estão tendo oportunidades de rever seus conhecimentos, sua filosofia de vida e os valores que abraça.

Rever e reavaliar não são sinônimos de mudança. Pode-se rever e reafirmar. Mas a reciclagem só vem quando essa revisão mostra ser necessário alterar algo do que já está estabelecido dentro de nós.

No atual panorama, o Espiritismo é uma fonte inesgotável de “portas” que podem ser abertas para o nosso discernimento, quando pomos atenção verdadeira no que os Espíritos da Codificação disseram a Kardec. Lendo sem interpretar, mantendo a postura de entender o que foi dito, podemos tirar daí a descoberta do funcionamento das Leis da Vida dos Espíritos, que foram reveladas da melhor maneira possível à humanidade, mas compreendidas pelos espíritas do modo que foi possível.

Hoje, reestudadas com cuidado, essas Leis podem nortear uma revisão do entendimento das nuances que possuem, muitas das quais tendo-nos como protagonistas.

Um aparente detalhe, inserido pelos humanos na Lei da existência de Deus, é a idéia de que ele exerce sua vontade determinando coisas, situações, perdoando, ajudando, punindo, enfim, interferindo na vida dos Espíritos, encarnados ou desencarnados. Essa forma de pensar precisa ser revista, reexaminada e certamente reciclada. Claro que é uma opinião de quem escreve este artigo e dos que pensam igual.

Por que é um aparente detalhe?  Porque crer nessa ação divina determina toda uma maneira de pensar e viver, cria todo um estilo de vida, que perdem completamente o sentido, assim que esse pensamento muda. Examine isso!

A base espírita para a revisão e a reciclagem desse conceito equivocado, está na Lei do livre arbítrio.

Ou ela existe ou não existe. Não há como ter meio livre arbítrio! O fato dela ser desenvolvida na conformidade do nosso progresso, em nada invalida que agora a temos por inteiro, na medida da nossa evolução espiritual. Porque o inteiro para cada um, está na proporção do que pode ser.

É preciso reciclar também, a idéia de que só os Espíritos superiores desfrutam amplamente das Leis Universais. Não! Todos nós, seja quem formos, as temos inteiras, numa inteireza relativa ao nosso nível evolutivo. Evoluindo, provocamos a ampliação do funcionamento dessas Leis dentro de nós; bem como estendemos nosso entendimento sobre elas. Mas sempre, sempre, estão completas, embora no “tamanho” de cada um.

Se não sabemos como é ser um Espírito evoluído, que falta podemos sentir do grau do livre arbítrio de que ele desfruta?

Ou seja, quem pensa que Deus determina situações em sua vida ou quem pensa que sua capacidade de escolher e decidir está tolhida pelo grau evolutivo, cria uma realidade que na verdade não existe, mas passa a existir para si; isso porque ao pensar de uma maneira, determinamos um estilo energético/fluídico, em nós mesmos, que acarreta consequências do mesmo teor e característica. E na medida que o pensamento muda, também os resultados e consequências mudam.

A realidade de cada um é fruto do que constrói dentro de si: o pensamento atua sobre o perispírito e os  fluidos, caracterizando-os no mesmo teor.

É uma forma antiquada e equivocada, pensar que as situações estão prontas e nós temos que entrar nelas, para viver no mundo. Quem pensa que é assim, vive assim. Quem pensa de outra maneira, vive de outra maneira. Examine também isso!

Somos os construtores diários do nosso presente e do nosso futuro. Deus nada tem a ver com isso. Ele dotou todos os Espíritos de Leis que vão funcionando na medida do próprio progresso.

É por nossa conta que as coisas se fazem, mesmo que não saibamos disso. Nem Deus e nem ninguém determina nossa vida, a não ser quando damos esse poder a alguém, porque sempre há aquele que deseja dominar, determinar e direcionar a vida dos outros, sentindo-se importante e superior.

Mas Deus… não adianta querer dar-lhe a responsabilidade sobre a condução e as circunstancias da nossa vida. Ele não pega esse compromisso, pelo simples fato de que não vai derrogar suas próprias Leis.

Examinando e confirmando tais informações  -pois nada deve ser aceito só por causa de uma boa indicação- podemos nos ajudar bastante: estudar, examinar e reciclar, repetindo o processo quanto for preciso.

A direção da sua vida depende da sua vontade. Esse poder é seu e não deve ser dado a ninguém!

18 de outubro de 2010
por Teresinha Olivier
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“Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”

livrai-nos-do-mal

Fomos condicionados a pensar, por muitas e muitas encarnações, que existem criaturas que nos induzem a agir de maneira errada, que somos vítimas de seres mal intencionados que nos empurram para o erro a fim de nos perdermos nas malhas do “pecado” e não merecermos o céu dos eleitos.

Fomos educados a pensar que as “tentações” vêm de fora, que estão sempre à espreita, preparando armadilhas para nos envolver, e na prece, pedimos que Deus nos livre desses perigos.

Mas a Doutrina Espírita mostra que as coisas não funcionam dessa maneira, e sim que somos “tentados” naquilo que cultivamos em nós mesmos, na forma de pensamentos e sentimentos. E é justamente isso que nos coloca em situações nas quais podemos cometer deslizes.

Quando nos deixamos levar pelas tendências negativas, permitindo que transbordem através de pensamentos e sentimentos inferiores, mesmo que não se exteriorizem em palavras e atos, irradiamos um campo energético equivalente, cujas vibrações sintonizam com outras do mesmo teor, de encarnados ou desencarnados, pela lei da afinidade. Sendo esses seres de tendência igualmente negativa, suas energias deletérias “reforçam” as nossas.

Portanto, a “tentação”, na realidade, não é exterior a nós. A causa está em nosso íntimo, sendo que apenas acionamos o processo ou damos condições para que se apresentem situações, nas quais ficamos suscetíveis de agir dessa ou daquela forma. Porém, não esqueçamos que nosso arbítrio nunca será anulado e, seja qual for o desafio do momento, temos o poder de decisão e de escolha.

Quando pedimos, na prece, que Deus não nos deixe cair em tentação, na verdade busca-se forças para vencer as más inclinações e resistir ao mal que ainda alimentamos.

Deus nos deu a livre-escolha justamente para desenvolvermos, em nós e por nós, o discernimento do que é correto e do que não é.

Como somos os artífices do nosso destino, quando provocamos as “tentações” atraímos o que não é bom para nossas vidas, como consequência natural das escolhas equivocadas.

Mas podemos criar, em torno dos nossos passos, vibrações positivas a partir de pensamentos e sentimentos elevados, com vontade sincera e enérgica de nos modificarmos para melhor, de vencer no íntimo, aquilo que nos torna vulneráveis, atraindo o auxílio de Espíritos que desejam nosso progresso espiritual e nos impulsionam para esse objetivo.

Da mesma forma que Espíritos inferiores são atraídos pelos nossos pensamentos e sentimentos negativos e nos induzem ao mal que alimentamos no íntimo, Espíritos benfazejos e amigos, aguardam os momentos em que nos dispomos a pensamentos e sentimentos edificantes, para nos fortalecerem, usando do mesmo processo, só que com vistas ao bem maior.

Temos recursos interiores, tanto para os descaminhos como para as realizações maiores. Irmos para uma ou outra direção depende apenas de ficarmos atentos aos mecanismos dos nossos pensamentos e sentimentos.

Somente estaremos imunes às influências negativas quando encaminharmos nosso mundo íntimo para as realizações da alma imortal, tendo em vista, de forma consciente, o objetivo para o qual fomos criados: a evolução espiritual.

18 de outubro de 2010
por Cristina Sarraf
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Vencerás

venceras

Emmanuel/Francisco Cândido Xavier – “Coragem”

“Não desanimes.

Persiste mais um tanto.

Não cultives

pessimismo.

Centraliza-te no bem

a fazer.

Esquece as sugestões

do medo destrutivo.

Segue adiante, mesmo

varando a sombra dos próprios erros.

Avança ainda que seja

por entre lágrimas.

Trabalha

constantemente.

Edifica sempre.

Não consintas que o

gelo do desencanto te entorpeça o coração.

Não te impressiones nas

dificuldades.

Convence-te de que a vitória espiritual é

construção para

o dia a dia.

Não desistas da

paciência.

Não creias em

realizações sem esforço.

Silêncio para a injúria.

Olvido para o mal.

Perdão às ofensas.

Recorda que os

agressores são doentes.

Não permitas que os

irmãos desequilibrados

te destruam o trabalho

ou te apaguem a

esperança.

Não menosprezes o

dever que a consciência

te impõe.

Se te enganaste em

algum trecho do caminho,

reajusta a própria visão

e procura o rumo certo.

Não contes vantagens

nem fracassos.

Estuda buscando

aprender.

Não te voltes

contra ninguém.

Não dramatizes provações ou problemas.

Conserva o hábito da

oração para que te faça

luz na vida íntima.

Resguarda-te em Deus, e persevera no trabalho

que Deus te confiou.

Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que

possas realizar.

Age auxiliando.

 Serve sem apego.

E assim,

vencerás!”

18 de setembro de 2010
por Cristina Sarraf
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Perdoar e não esquecer

perdao

Inúmeras são as maneiras de se entender os fatos, as lições e tudo o mais. Essas diferenças não dependem apenas da mentalidade de cada um, porque a mesma pessoa muda seu entendimento durante a vida, sobretudo pelas situações complicadas, que a levam a amadurecer.

Apesar disso, muitas vezes uma interpretação passa pelas gerações e não é examinada, para ser confirmado se continua sendo válida e funcional ou se está na hora de ser eliminada ou reciclada.

Dentre as muitas dessas interpretações, está a de que perdoar é sinônimo de esquecer.

Essa afirmação vem da observação dos fatos e de uma pesquisa de campo que mostra como as pessoas funcionam psicologicamente, não esquecendo as situações marcantes e mais graves que ocorreram em suas vidas. Esquecem, no geral, situações irrelevantes, coisas do cotidiano, algo que falaram ou ouviram. Esquecem também os momentos ruins que já foram devidamente administrados, há tempos, e deixaram de ter significação.

Ser “obrigado” a esquecer não funciona. Quanto mais há esforço nesse sentido, mais o fato vai sendo marcado e fixado. Há uma negação do que existe, e isso  aumenta o vínculo com a situação.

As pessoas se empenham muito, oram, pedem ajuda e quando a situação amaina, até pensam que esqueceram as ofensas, mágoas e dores. Mas por alguma razão relembram e tudo é revivido, acompanhado dos sentimentos que marcaram o fato, mostrando que o esquecimento não aconteceu. Até porque, no geral, aqueles que facilitam as dificuldades não estão interessados em mudar de conduta e também, nos aborrecemos sempre pelas mesmas coisas, porque ainda não mudamos verdadeiramente a nossa maneira de ser.

Ter que esquecer algo que aconteceu é ilógico, não apenas porque não se consegue, mas pelo fato de que a memória serve para nos dar -e cada vez mais- a consciência de como temos sido no transcurso do tempo; bem como, daquilo que não deve ser repetido, por causa das más consequências advindas. Esquecer é perder essa conecção conosco mesmos, e eliminar a possibilidade de que nossos processos de reciclagem de pensamentos e atos sejam acionados, melhorados e promovam a seleção do que serve, expurgando o demais.

No entanto, se colocarmos o verbo esquecer num sentido figurado, ou seja o de não darmos importância a…, ele pode ser usado dentro da lógica da vida. Mas nesse caso é preciso haver, sempre, a explicação de que está sendo utilizado com essa significação metafórica.

Na verdade, perdoar é um ato de inteligência se nossa postura for a de reciclarmos os fatos, buscando suas causas -aquelas nascidas de nós mesmos- e que os determinaram. Assim, poderemos dar-lhes outra conotação, ou seja, percebermos que representam o didatismo das Leis da Vida, encontrando formas de nos chamar a atenção para pensamentos, sentimentos e condutas que produzem maus resultados, em curto ou longo prazo. Em outras palavras, entendemos nossos equívocos e buscamos nova atitude interior. Como resultado, automaticamente o fato doloroso passa a ser visto de outra forma, como se ele mudasse de cheiro e cor.

Gradativamente, essa postura vai ganhando corpo, vamos nos conhecendo melhor e podendo reciclar-nos. As lembranças dolorosas vão deixando de doer, pela compreensão de como as provocamos -mesmo sem querer- fruto de uma maneira de ser que foi sendo substituída por outra melhor. Isso provoca a diluição das emoções correlatas e a importância que dávamos ao acontecido desaparece.

Um dia, talvez nem nos lembremos mais dele, mas se lembrarmos, será como algo neutro e superado. O esquecimento natural acontece, não por obrigação ou por medo de Deus, e sim por um trabalho interior de autoconhecimento e transformação. Há progresso espiritual nesse aspecto: compreendemos a nossa incompreensão e renovamos.

Passa-se a vivenciar que todo e qualquer prejuízo causado a outros, em primeiro lugar é causado a quem o faz. Porque sua origem e móvel está dentro dessa pessoa, nas escolhas feitas de pensamentos e atos que provocam, “atraem”, criam sintonia com pessoas e Espíritos de características semelhantes, os quais passam a agir conosco como agimos com os outros. É a justeza das Leis divinas, que visam o nosso amadurecimento, a descoberta do Bem verdadeiro e a condição de não provocarmos prejuízos reais, nem a nós mesmos e nem a ninguém.

Quando, por razões psicológicas de predomínio, preconceitos, egocentrismo ou vaidade, alguém se julgar lesado, mas isso for apenas manifestação dos seus truques mentais, o pseudo causador não tem responsabilidades, é óbvio! Basta se garantir pela consciência de sua conduta limpa e pela postura benevolente, mas não se deixando  envolver em culpas e deveres inexistentes.

18 de setembro de 2010
por Nicolas Fürst
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Pequena (ou grande) missão?

missao

Muito tem sido escrito e falado (com precisão, aliás!) sobre a missão de cada alma, o propósito da vida, enfim, sobre encontrar aquilo que compõe a nossa verdadeira essência, e que, assim, faz-nos viver plenamente, tanto na esferas pessoal como na profissional.

Mas pergunto: será que esta missão maior não engloba também os pequenos gestos e atitudes diários, que, na maioria das vezes, realizamos de modo automático, sem nos darmos conta?

Além deste questionamento, faço ainda outra interrogação: será que existe missão maior do que tratar a todos com gentileza, carinho e amor, praticando pequenas caridades incondicionais, de boca e olhos fechados?

Digo isso porque muitas vezes tentamos fazer coisas literalmente mirabolantes… até perdendo o sono para responder à indagação interna, se estamos na profissão ou na linha certa. Mas, no fim das contas, esquecendo que a virtude está nas coisas simples, como, por exemplo, um bom dia verdadeiramente alegre, um abraço compassivo; e, principalmente, o essencial está em escutar os outros, desde que, não olvidemos a necessidade do discernimento, porque cada um é responsável por seus atos e as inegáveis consequências.

Assim, admiro todos os escritores de livros que li, sejam eles romancistas, espíritas, de auto-ajuda pessoal ou financeira, pois, de algum modo, fizeram com que pudesse evoluir e me tornaram (ao menos um pouco!) uma pessoa melhor.

Respeito também todos os professores de cursos que já fiz, sejam eles de instrução regular, de comportamento humano ou de matérias ligadas à energia, porque essas pessoas transmitiram vasto conhecimento que me possibilitará, talvez um dia, uma pequena névoa de sabedoria.

Aprecio também todos os trabalhadores que permitem que a nossa casa e carro se mantenham em funcionamento; também aqueles que fabricam as roupas, assim como tantos outros profissionais que fazem com que este mundo ande para frente, sejam eles médicos, advogados, funcionários públicos, etc.

Se estão cumprindo o propósito de suas vidas, difícil responder, porém agradeço pelo trabalho honesto e verdadeiros de todos.

Não obstante, tenho especial consideração por aqueles que, mesmo sem ocupações conhecidas da maioria, ou tendo idade mais avançada, conversam conosco de maneira atenciosa. Embora, na maioria das vezes, tal troca de informações torna-se quase um monólogo, pois o conhecimento deles vem através de uma sabedoria silenciosa.

Assim foi Madre Teresa de Calcutá, Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, entre tantos outros.

Na época de cada um, suas intenções não eram gigantescas, pelo contrário, suas atitudes eram muito simples. Madre Teresa? O amor através de um abraço nos doentes e pobres. Gandhi? O jejum pela não violência. Mandela? O desejo de respeito e igualdade.

Não posso saber se estavam na missão da sua alma, mas me atrevo a concluir que, através de pequenos gestos, certamente o mundo não teve dúvidas da sua importância e dos resultados benéficos dos seus atos.

Assim, o que tornou estas pessoas gigantes perante o Universo, foi que, de tão singelas e simples em seu caráter e personalidade, suas atitudes também podem ser realizadas por qualquer um de nós.

Essa constatação trás a pergunta: Por que então não realizamos também essas pequenas coisas?

Pois é… eu também me pergunto isso.

 


 

Comemorações de setembro: nascimento de Herculano Pires, Cairbar Schutel e Cosme Marino

18 de setembro de 2010
por Cristina Sarraf
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Borboletas no jardim

borboletas

“…muitas vezes, passamos um longo tempo de nossas vidas correndo desesperadamente atrás de algo que desejamos, sem obter sucesso. Mas  a Vida usa símbolos, acontecimentos que são sinais para que possamos entender que nesse caso, antes da obtenção do que desejamos, está sendo preciso aprender algo importante, que nos deixará prontos e maduros para vivermos, de verdade, o que buscamos alcançar. Ou seja: estarmos aptos a…; sermos  “merecedores”…

Se isso está acontecendo na sua vida, pare e reflita sobre a seguinte frase: “ Correr atrás das borboletas não as trás para você. Cuide do seu jardim e elas virão.”

A vida segue seu fluxo e ele é perfeito na maneira que acontece para cada um de nós, fazendo com que tudo ocorra no devido tempo. Nós, seres humanos, nos tornamos ansiosos e “queremos empurrar o rio”. Mas ele vai sozinho, sempre obedecendo o ritmo da sua natureza.

Ficar desejando a presença das borboletas e reclamar porque elas não se aproximam, mas vão ao jardim do vizinho, não as trás para o nosso. No entanto, se houver dedicação e cuidados, transformando o nosso jardim (a própria vida!) num local agradável, perfumado e bonito, será inevitável que as borboletas venham!”

(Texto de autor aparentemente desconhecido. Se alguém souber de quem é, agradecemos a informação)

18 de setembro de 2010
por Cristina Sarraf
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Administre sua mediunidade

mediunidade

Há um equívoco de compreensão sobre a faculdade mediúnica, quando médiuns supõe que são os Espíritos protetores ou até os dirigentes das reuniões -se participam de alguma- os responsáveis pela condução e direcionamento da sua mediunidade.

Esse equívoco, terceirizando o que lhe pertence, provoca muito desgosto e facilita a interferência negativa no campo mental da pessoa-médium; porque neste caso carece de por atenção no que lhe compete em termos de observação do que sente e pensa e das consequências, muitas vezes funestas disso, refletindo em todos os aspectos de sua vida, incluindo, é claro, a mediunidade.

Todos somos indivíduos individualizados e a ninguém compete cuidar do que é nosso. Podem nos ajudar, apenas. E a mediunidade, sendo um patrimônio da humanidade, é de cada um que seja humano, no grau que já a desenvolveu e somente a si mesmo cabe cuidar dela e dar-lhe o direcionamento que quiser.

Quando pensamos no médium usando, administrando e convivendo com sua faculdade mediúnica, estamos pensando em um ser humano semelhante aos demais, mas com uma capacitação sensitiva um pouco mais desenvolvida.

A diferença entre o médium e os que não têm a mediunidade ostensiva é a mesma que há entre um músico e os que não o são, entre um biólogo e quem não o é. Ou seja, o médium pode perceber, entender e sentir mais a ação dos Espíritos do que as demais pessoas. No demais, é como todas as outras, pleno de falhas e ignorâncias.

O desenvolvimento dessa potencialidade não representa melhor moral, mais espiritualidade, melhor ser humano ou um espírita consciente. E não é sinônimo de ligações espirituais boas e elevadas.

Mas pode representar, para o espírita, um recurso inigualável de auto-conhecimento, de entendimento do funcionamento da vida sob a luz dos Princípios do Espiritismo e da vivência desses mesmos Princípios, como valores de renovação pessoal. Nesse caso, há uma grande oportunidade de aprender a conviver de forma saudável, natural e construtiva com os próprios recursos mediúnicos.

Muito maior é essa oportunidade e a gratificação pessoal que pode trazer, se desse aprendizado nascer uma bela atitude científica de experimentar as lições espíritas, observando como funcionam no dia-a-dia e como podem modificá-lo para melhor. É a aplicação prática do tríplice aspecto do Espiritismo: filosofia, ciência e consequências morais.

Poderá, então, desenvolver a capacidade de distinguir, o quanto for possível, os pensamentos dos Espíritos; separar dos seus, os sentimentos e as emoções deles; ganhar modéstia e sinceridade, porque usará e se beneficiará das boas idéias dos Espíritos, declarando terem vindo deles; desenvolver a humildade, “sabendo-se do seu tamanho” pois, o “maior” que possa parecer, às vezes, é a presença de um Espírito bom ou com mais conhecimentos, que pretende elucidá-lo e a outras pessoas, através do seu potencial.

Também, se suas experiências e vivências mediúnicas puderem ser compartilhadas com outros médiuns e estar na vida de uma Casa Espírita, poderão ser estendidas pelas observações e sugestões vindas dos demais, numa prática de crescimento consciente e coletivo.

Com isso, pode ser facilitado um gradual processo de superação e transformação das tendências, idéias e sentimentos que “puxam” a pessoa para baixo e abrem campos de atração e convivência com Espíritos que estão mal consigo mesmos; e também com os mal intencionados, que se aproveitam dessa condição psicológica. Convivência essa que reforça posições equivocadas e negativas, estimula o orgulho e a vaidade, dificultando o crescimento pessoal, mesmo que a pessoa estude o Espiritismo.

Entendendo-se um indivíduo cuja personalidade atual reflete a individualidade espiritual que é, e consciente de que essa oportunidade pode fazer um grande diferencial a seu favor, o médium espírita poderá estabelecer, para si, uma oportuna e racional disciplina de condutas e pensamentos, promovendo melhores ligações espirituais. Esse empenho promoverá melhoria interior que se refletirá exteriormente, no que faça, criando um testemunho espontâneo das benesses que advêm da mediunidade trabalhada à luz dos ensinos espíritas.

Esse zelo e essas atitudes correspondem ao que se entende por administrar sua faculdade mediúnica, ou seja, conhecê-la, aprender o mais que possa sobre seu funcionamento, observar -para reconhecer- suas características pessoais como médium, encontrar formas saudáveis de lidar consigo e com sua mediunidade -pondo-a a serviço de seu crescimento pessoal- e viver uma vida de ser humano comum. Afinal, todas as pessoas têm características, conhecimentos, experiências e vivências próprias, com as quais se individualiza e a mediunidade é apenas uma delas.

Quanto mais a pessoa-médium sente-se bem consigo mesma, confiante e segura, melhor será seu desempenho mediúnico, pois, despreocupada do prestígio pessoal e do auto-engrandecimento, estará também afastando-se da vaidade e do orgulho que criam o medo de errar, a expectativa de ser mais e a cegueira quanto ao valor dos seus companheiros de tarefas.

 

-O Livro dos Médiuns – 2ª-parte, cap. XX – 226, itens 3e4, 227 e 228

– O Evangelho segundo o Espiritismo, cap.XVII – item 4

18 de agosto de 2010
por Helena Santos
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O sofrimento, a evolução e os hábitos mentais

sofrimento

A idéia, muito difundida no meio espírita, de que quando não se vai pelo amor, vamos pela dor, tem um fundo de verdade. Ela não está na falsa noção de que há punição divina e sim no fato de agirmos sem o discernimento das consequências resultantes. Estas podem ser dolorosas ou não e ninguém fica sem elas.

Se já sabemos, no geral não vemos que tudo está ligado e conectado, ou seja, os acontecimentos não são soltos, indo e vindo do nada; têm uma causa ou são causa, embora nossa inaptidão atual para perceber essa integração nos “cegue”. No entanto, as consequências naturais ocorrem, na proporção e em conformidade com o teor e o modo de se entender, o qual origina os atos.

A Vida e as Leis divinas que a regem são sempre justas, por mais que tudo pareça diferente disso e nos descontente.

As tradições religiosas, dogmáticas, medrosas e antiquadas, que ainda tem seu lugar de honra em nossa sociedade e na mente dos seres humanos, determinam uma grande dificuldade de distinção entre o que a alma quer e o que a “cabeça feita” e padronizada estabelecem, reforçando o condicionamento e a mecanização do comportamento. Com base nisso, podemos decidir por aquilo que não nos convem, limitados pelo medo ou pelos costumes. As complicações resultantes e o sofrimento que nos domina, não costumam ser entendidos como consequência natural de nossa maneira de ser e sim como um mal necessário a todos que aqui estão.

Essa identificação com nossos semelhantes, pelo sofrimento que grassa na sociedade, também dificulta a distinção entre o que realmente é um querer da alma e o que já está automatizado no comportamento, mas que não corresponde ao íntimo da pessoa.

O processo evolutivo do qual fazemos parte, segundo o Espiritismo, não cessa de funcionar, estejamos alegres ou doentes, caminhando pela consciência ou empurrados pela Vida. E nele, o que mais nos embaraça são os hábitos mentais negativos, porque não os percebendo, nos mantemos com determinadas condutas, certos de estarmos acertando, mas só nos prejudicamos. Um pouco de auto-observação ajuda a perceber essa característica psicológica humana.

Quando formos Espíritos elevados, desejaremos estar sempre renovando-nos, em tudo. Mas agora, a ilusão de que a estabilidade é o ideal, facilita os hábitos mentais, que são caminhos que já sabemos percorrer e o fazemos sem notar… Toda renovação dá trabalho e pede disciplinação e paciência, mas costuma-se não querer isso. Mais fácil é ficar no que se sabe. Os caminhos novos não são conhecidos; para trilhá-los há que ter atenção para aprender seus detalhes e características, o que implica em muitos erros e equívocos e os devidos reajustes.

A incoerência, comum ao nosso grau evolutivo, se faz no fato de que esses caminhos conhecidos, representados pelos hábitos mentais de pensar e agir mecanicamente, também contem erros e equívocos que necessitam ser saneados! Tanto que -e isso é a prova-  determinados aspectos da nossa vida não vão bem e sempre têm problemas e conflitos.

Já sabemos que ficar no sofrimento é uma opção; só nos resta aprender a sair dele, optando por situações internas que nos façam bem. Sofrer faz mal, adoece e perturba. O hábito de tornar em sofrimento os aborrecimentos, as dificuldades e as complicações, em nada ajuda para solucioná-los. Ao contrário, nubla o discernimento e atrapalha o raciocínio. Alem do que produz disfunções orgânicas e doenças.

Em tempos passados e pelos ensinos de religiões dogmáticas, sofrer foi falsamente associado a responsabilidade, boa qualidade espiritual, dignidade, méritos e “ir para o céu”. Mas a época de rever esse desvio moral já chegou e se instalou em boa parte da sociedade humana.

O processo de eliminação de um hábito mental negativo pede que primeiro ele seja reconhecido. Isso só acontece se nos observarmos com respeito, porque assim é possível descobrir a razão de sua existência e avaliar as consequências que nos trás. Não há como apenas jogá-lo fora, porque foi criado em nós mesmos.

Querendo substituí-lo, é o momento da escolha de uma nova maneira de pensar e agir; e que seja em conformidade com nossa consciência e não por imitação ou imposição alheia. A seguir vem a fase da auto-disciplinação, sem cobranças e paciente, porque afinal de contas estaremos melhorando a nós mesmos!


Dia 29 de agosto é o dia de Bezerra de Menezes

18 de julho de 2010
por Cristina Sarraf
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“Vestindo” ideias

vestindo-ideias

A expressão título refere-se ao fato, até que corriqueiro, de aceitarmos de imediato, sem análise reflexiva, passando a considerar como a expressão da verdade, um comentário, uma sugestão, um “acho que” de alguém sobre algo que está nos acontecendo.

Estaremos tão complicados que a situação já está gritantemente expressa, a ponto de que outra pessoa possa nos diagnosticar as dificuldades tão facilmente?

Estaremos tão carentes de nossos próprios cuidados que acabamos precisamos que alguém nos dê atenção para nos sentirmos gente e em troca aceitamos tudo que venha dessa pessoa, como sendo a salvadora da nossa vida?

Estaremos tão distantes de nós mesmos, a ponto de não distinguirmos quem somos e o que nos ocorre, e acabamos nos iludindo com tamanha facilidade, basta alguém dizer algo?

Estaremos tão habituados mentalmente a buscar fora de nós mesmos a solução da nossa vida, que quando alguém significativo ou culto ou… acha isto e aquilo, de imediato vestimos essa sugestão e passamos a tê-la com o a expressão da  nossa verdade?

Sem dúvida que a opinião dos amigos, dos parentes, o parecer de um profissional tem seu peso e merece respeito. Disso a uma aceitação súbita, sem qualquer tipo de reflexão analítica, fica revelado um grande descaso consigo mesmo, proveniente do hábito de se por nas mãos dos outros, na suposição de que sejam melhores do que somos; o que, inclusive, nos dispensa do trabalho de buscar os caminhos e as soluções que precisamos.

É bem verdade que há momentos em que certas decisões são tão difíceis, para o tipo de pessoa que somos, que se alguém nos aponta um caminho, mais ou menos aceitável, essa é a luz no final do túnel. Mesmo assim, pelo que aprendemos com o Espiritismo, é nosso dever avaliar, sentir se é realmente isso que nos serve e ir medindo os fatos, no decorrer do tempo.

Pensando bem, é uma tremenda falta de respeito consigo mesmo, “vestir” as opiniões alheias como se não  fossemos dotados de razão, ponderação, condições de observação e um pouco de bom senso.

Quantos diagnósticos, idéias, atitudes, resoluções medicamentos, comportamentos são como que impostos, todos dos dias, de uns para outros de nós, numa prática equivocada de termos o conhecimento absoluto e o outro, coitado! não consegue saber  e jamais poderia encontrar o que temos a lhe ofertar… Na contrapartida, a acomodação, a falta de confiança em si e o medo da responsabilidade, ou seja, uma grave deseducação espiritual, levam pessoas a darem graças pelo fato de alguém assumir o que é seu e lhe dizer o que fazer e como agir.

Isso é tão impressionante, que quando examinamos melhor o assunto, pesquisando o que ocorre, somos obrigados a ver que até sentimentos e sensações são impostos e aceitos. Pessoas com todas as condições de discernir, “vestem”, assumem sentimentos que não tem, vivem as emoções que não são suas e sentem o que não sentem lá dentro de si.

Essa gigantesca e destemperada capacidade de se abstrair de si mesmo, de se entregar ao que alguém achou que é, de anular suas capacitações tão arduamente conquistadas no processo evolutivo, certamente produzirá consequências desagradáveis.

Mas, se as nossas capacidades forem usadas do jeito certo, ou seja, para cada um se afirmar como um ser individualizado -único e exclusivo- um Espírito em evolução, pleno de recursos íntimos e dotado do que precisa para enfrentar a vida que leva, essas consequências serão libertadoras e gratificantes, mesmo que precisando de reajustes; porque afinal não sabemos e nem podemos tudo, mas é possível aprender com as experiências, quando se quer.

Há um critério que ajuda bastante: observar se a fala do outro nos despertou medo, se nos levou a pensar sobre o assunto ou se “caiu” em nosso coração, iluminando e causando paz.

Sentir medo é dar valor ao mau, crendo que ele predomina. Aceitar isso é se conectar com pessoas e Espíritos que se escondem da verdade e preferem a ilusão. O coração aperta e a cabeça fica excitada ou vagarosa, perdendo o auto-controle.

Sentir vontade de pensar sobre o assunto nos leva a refletir sobre algo que, talvez, estejamos negligenciando ou então, desconhecendo. Ativa o campo observativo, o interesse e a vontade de conhecer mais e discernir.

Sentir que “caiu” no coração é ter encontrado a verdade relativa ao assunto em questão. Porque lá dentro de nós há um sentir que não tem nada a ver com palavras, com a mente, a cabeça, a memória e os conhecimentos, mas que indica o que nos serve. Dá uma sensação de plenitude e confiança, que indicam o acerto e o bom senso nessa situação.

Pontos a examinar sobre nós mesmo e a questão de “vestir” idéias alheias: auto-respeito; respeito ao outro; exame sincero das questões; decisão por vontade ponderada e não empurrado por outros; pesquisa sobre o assunto, recolhendo várias opiniões; sentir o que sente, lá dentro de si; destemor de ser diferente e fazer escolhas próprias; conectar-se consigo mesmo, auscultando-se; cultivar profundamente a paz íntima.

18 de julho de 2010
por Bruno J. Gimenes
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O propósito da vida

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Viver é experienciar cada situação, sentindo e criando referências entre o certo e o errado, para nós mesmos. É desenvolver, transformar, movimentar, crescer e evoluir em todos os aspectos, a cada dia. Essa evolução da nossa consciência, tem mostrado que os seres humanos estão em uma busca intensa por referências que os levem a criar um caminho próprio de entendimento, de crescimento e de sucesso pessoal.

A mente humana, ainda pouco explorada no que se refere ao seu potencial máximo, já começa a obter um nível de aceleramento mais evoluído, objetivo e passa, então, a vislumbrar novas possibilidades; a quebrar conceitos congelados por muitas gerações e a renovar paradigmas que foram intocáveis por muito tempo.

Quando vivemos para aprender, buscamos, em cada experiência, informações e referências que possam criar um caminho de conduta, de atitudes e de caráter, para esculpir a nossa personalidade da melhor maneira possível. As decisões que tomamos em nosso passado, sinalizam quem somos e como estamos no momento presente.

A Natureza dá todos os indícios de que entramos em uma nova época, mais iluminada, desenvolvida e evoluída. Uma prova disso são as crianças da atualidade. Pequenas pessoas, quanto ao físico, mas grandes expressões de evolução quanto à sabedoria e à lucidez armazenadas em suas almas e mentes brilhantes. Também, a vitória humana sobre muitos preconceitos, ditaduras, estruturas rígidas e outras dificuldades de expressão, mostra estarmos vivendo um momento especial  -de liberdade- em nossas jornadas. Mas, dessa liberdade de ação, expressão e escolhas podem decorrer sérios problemas. Os seres humanos, libertos nas expressões, estão se tornando escravos das decisões e do apego material. Consciente ou inconscientemente, há pessoas que buscam uma referência, um caminho a seguir, uma diretriz, uma luz. Essa busca por autoconhecimento está em evidência. Em todo o mundo estão buscando por isso, mesmo que de forma tímida e despretensiosa. A humanidade tem os sinais de uma intensa mudança em seu universo de princípios e valores. Afinal, já está mais do que na hora de revermos nossos conceitos!

O fato é que toda a população deste planeta tem um objetivo comum: a evolução. Evoluir é eliminar nossos aspectos negativos de conduta, de personalidade, de atitudes, de sentimentos, de crenças e de ações. Evoluir é melhorar a cada instante. Lapidar nosso universo interior, para que o externo possa refleti-lo e melhorar também.

Dessa maneira, a época em que vivemos pode ser considerada especial e de liberdade de expressão; em que os seres humanos, além de poderem agir mais livremente, também podem se beneficiar com o universo de conquistas somado ao longo da história: tecnologia, informação, educação, medicina, a era digital…

Mas algo merece uma reflexão: Por que a população mundial atualmente é merecedora disso? Por que, depois de guerras insanas, de injustiças cruéis, de irracionalidades traumáticas, de doenças avassaladoras, de sofrimentos vividos na história, somos nós os escolhidos para desfrutar, no presente e no futuro próximo, das conquistas arduamente obtidas pela humanidade?

Considero esse questionamento intrigante; ele instiga a buscar quem somos, de onde viemos, para onde vamos, por que estamos aqui e agora.

Várias estruturas religiosas do mundo estão sofrendo fortes crises, pois não conseguem mais responder a essas perguntas. Suas estruturas dogmáticas não são capazes de suprir os anseios e questionamentos de seus adeptos que, por séculos e séculos, estiveram aprisionados ao mundo superficial que criaram. E não importa, realmente, o que seja Deus para cada um dos povos. O que realmente importa é que estejamos conectados e condizentes com a vontade dele; esta, pelo que tudo indica, é de que todos evoluamos e cresçamos, em todos os aspectos.

Essa reflexão objetiva que cada um possa buscar a sua verdade interior, única, essencial e capaz de expressar a alma, ou seja, a essência divina contida em cada ser.

Estamos estagnados por nossas decisões, que nos tornaram mais trancados e amarrados. Por isso, é chegada a hora de nos soltarmos das armadilhas que impedem nossa mente de projetar uma realidade mais bonita e evoluída.

Nossa obrigação é questionarmos as rédeas que vêm conduzindo e tocando a nossa vida. Estamos indo para a direção certa? Qual direção temos que seguir? Porque só existe um caminho: o do crescimento e da evolução, que é o propósito de estarmos encarnados aqui na Terra.

O que nos foge aos olhos é o fato de que temos, internamente, registrada em nossa essência, a missão de nossa alma, ou seja, o nosso propósito maior nessa vida. O corpo que temos e nossas características foram moldados e configurados para essa missão. Porque somos a continuação de tudo que já foi criado e conquistado em prol desse progresso espiritual, pessoal e coletivo.

Sob essa ótica de estarmos moldados para um objetivo maior, ainda inconsciente, vemos que nossa busca é trazê-lo para a consciência, o que tornará tudo mais fácil. Por isso, só existe uma forma de sermos felizes: é encontrando o próprio caminho, o propósito maior dessa vida, nossa missão aqui na Terra. Quando encontrarmos, todas as nossas células, emoções e sentimentos estarão em pleno equilíbrio, já que foram projetados para isso, ou seja, para promoverem a felicidade.

Como fazemos parte de um todo universal, haverá um reflexo em tudo, desse nosso grau máximo de energia, que se expandirá em benefício dos que aqui habitam.